O Sindicato dos Rodoviários de Salvador aderiram à Greve Geral que acontece nesta sexta-feira (30) em todo o país contra as reformas trabalhista e da previdência. Apesar de toda a frota ter saído das garagens hoje, parte da categoria parou as atividades na região do Iguatemi. Lá eles fizeram uma fila de ônibus que começa na frente do Shopping da Bahia e vai até o Bradesco da Avenida ACM.
Segundo Hélio Ferreira, presidente do Sindicato, eles estão no local desde às 6h e pararam toda a via exclusiva de ônibus em frente ao shopping. "Pode-se dizer que, sim, nós aderimos à greve. Mas de um jeito diferente. Participando com o resto dos manifestantes. Nós podemos ser uma das maiores vítimas dessas reformas", justificou Hélio.
Os rodoviários vão avaliar a necessidade de parar outras vias. "Nós saímos 100% da garagem, mas estamos participando desse modo, parando em filas, estamos nos movimentando nas ruas", disse.
Ainda de acordo com Hélio Ferreira, a população não foi pega de surpresa. "Nós avisamos claramente que íamos sair das garagens, mas iríamos paralisar e fechar algumas ruas. Então isso foi bem claro. Nós tivemos esse cuidado ontem de avisar toda a população. Além do movimento, está chovendo e a cidade vai estar um caos. Por isso tivemos esse cuidado ontem de avisar toda a população", defendeu.
Também está marcada para hoje, no Campo Grande às 15h, outra manifestação. Há a possibilidade de os sindicalistas fecharem as ruas da cidade. "Trata-se de uma maneira de tentar parar essas mazelas de tirar direito dos trabalhadores", concluiu o líder da categoria sobre a participação na greve.
Entenda a Greve Geral
As centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje uma nova greve geral em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista. Esta é a segunda greve geral nacional.
A primeira ocorreu no dia 28 de abril, quando os trabalhadores de várias categorias pararam em diversas cidades do país. Na ocasião, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre policiais e manifestantes.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as reformas propostas pelo governo federal trazem riscos trabalhadores e para o país. “Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz Freitas. Na última quarta-feira (28), houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, diz que a ideia do movimento é tentar pressionar o Congresso Nacional para ampliar a negociação sobre as reformas. “As paralisações e manifestações são os instrumentos que estamos usando para pressionar e ter uma negociação mais séria em Brasília que não leve a um prejuízo aos trabalhadores”, diz.
O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para garantir o pagamento das aposentadorias no futuro e a geração de postos de trabalho, no momento em que o país vive uma crise econômica.
O argumento é que, sem a aprovação da reforma da Previdência, a dívida pública brasileira entre em "rota insustentável" e pode “quebrar” o país”, como disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Sobre a reforma trabalhista, o governo afirma que a proposta moderniza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943. E que as novas regras, como a que define que o acordo firmado entre patrão e empregado terá mais força que a lei, estimulará mais contratações.
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Redação iBahia
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