Uma padaria, criada dentro de um edifício habitacional no bairro de Vila Laura, em Salvador, virou alvo de críticas dos moradores do condomínio.
Em entrevista a TV Bahia, um dos moradores que não quis revelar a identidade, afirmou que por causa do "empreendimento", os corredores do edifício estão constantemente movimentados.
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“É o tempo todo um movimento imenso nos corredores, um barulho ‘retado’, uma algazarra, crianças correndo para um lado, para o outro”, reclamou.
Ainda segundo ele, o uso dos elevadores está cada vez mais difícil.
“Você tenta pegar os elevadores e não consegue, porque está o tempo todo com movimento. Gente subindo e descendo. Afinal de contas, o prédio não foi dimensionado para ser comércio, foi para ser unidade habitacional”, criticou.
Alguns vídeos feitos por moradores registraram como funciona o comércio e a movimentação nos corredores do edifício. No imóvel, prateleiras com produtos dividem espaço com móveis da casa, como sofá e outros objetos de decoração.
O condomínio conta com quatro torres e, desde o início da pandemia da Covid-19, os do 14º andar, da torre quatro, começaram a vender os produtos de padaria dentro do apartamento.
“São produtos que ficam ali expostos no balcão sem nenhuma condição sanitária, que deveriam ficar em uma área refrigerada. Uma coisa totalmente irregular”, denunciou um vizinho.
Os moradores relataram ao g1 Bahia que o comércio improvisado tem movimentação intensa, com circulação entre 16h30 e 21h.
“A grande circulação e movimento dos elevadores no horário entre 16h30 até as 21h. Os elevadores constantemente em uso por parte dos moradores de outras torres, que vêm fazer suas compras”, reclamou.
Segundo os moradores, não é permitido, de acordo com as regras do próprio condomínio, esse tipo de comércio dentro do apartamento residencial. Um alternativa teria sido oferecida aos donos do comércio, no entanto, eles não aceitaram.
“Inclusive já foi oferecido pelo condomínio uma solução para eles, na garagem, onde tem até outros tipos de comércio, mas eles não aceitaram”, explicou o vizinho.
A TV Bahia tentou contato com os donos do apartamento, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.
Já os representantes do condomínio informaram em nota que o que acontece por lá fica dentro dos muros, exceto situações que precisam ser encaminhadas para "delegacia, órgãos da prefeitura e poder judiciário”.
O comunicado também diz que a questão da padaria é objeto de ação judicial, cabendo a Justiça decidir sobre o caso.
O g1 Bahia entrou em contato com a Vigilância Sanitária, que informou ter realizado duas inspeções no local. Os responsáveis foram notificados a regularizar a situação do apartamento.
Os donos apresentaram a documentação pedida, mas a Vigilância Sanitária constatou que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), já tinha proibido o funcionamento do comércio no local. A medida tem dois meses e a padaria continua funcionando.
Em nota, a Sedur informou que vai notificar o condomínio para que avise os moradores que qualquer atividade comercial no local deve ser licenciada pelo órgão.
Redação iBahia
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