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Padrinho de menino morto em Itapuã responderá em liberdade

Um alvará de soltura em favor de Rafael foi expedido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA)

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08/09/2015 às 21:24 • Atualizada em 01/09/2022 às 9:20 - há XX semanas
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Rafael Pinheiro de Jesus, 28 anos, que confessou ter enterrado o corpo do pequeno Marcos Vinicius, de 2 anos, no fim do mês de agosto, deixou o Complexo da Mata Escura por volta das 17h desta terça-feira (08). De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o cabeleireiro vai responder em liberdade até o dia do julgamento, ainda sem data para acontecer. "A ausência dos laudos periciais necessários ao esclarecimento da morte do menor impedem a correta tipificação e consequente distribuição entre as promotorias de justiça de áreas diversas. A prisão do indiciado deve ser relaxada por excesso de prazo, uma vez que não foi oferecida denúncia no prazo da lei, bem como, por faltar os pressupostos que são necessários para a prisão", diz o alvará de soltura em favor de Rafael expedido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) nesta terça-feira.
O desaparecimento de Marcos Vinícius veio à tona no dia 15 de agosto, um dia após a morte. O padrinho, Rafael, procurou a 12ª Delegacia e contou que comprava verduras na Feira de Itapuã, na Avenida Dorival Caymmi, com Marcos Vinícius, quando ele sumiu. De lá, ele foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Pessoa, onde o desaparecimento do menino foi registrado. Rafael prestou depoimento várias vezes e chegou a dar entrevistas a emissoras de TV contando que três testemunhas diferentes haviam visto o garoto entrando em um carro modelo Corolla preto acompanhado de um rapaz moreno com camisa preta. O garoto teria sido visto no carro com um casal e outra criança. Dias depois, Rafael compareceu a delegacia com um advogado e revelou que o menino passou mal com um mingau e ele desesperado enterrou o corpo em um matagal. LEMBRE TODA A CRONOLOGIA DO CASO MARCOS VINÍCIUS 1. Quinta-feira (13) Marcos Vinícius morre, segundo versão de Rafael, que cuidava da criança, depois ingerir mingau com leite de soja. Ainda segundo o próprio cabeleireiro, ele coloca o corpo do garoto em um cooler e aguarda amanhecer. 2. Sexta-feira (14) Rafael pega o cooler com o corpo do afilhado e caminha de Nova Brasília de Itapuã até a Alameda Afrânio Coutinho, onde deixa o corpo em um areal, atrás do Tchê Caranguejo. Inventa a história de sequestro e dá queixa. 3. Sábado (15) Rafael acompanha a mãe de Marcos Vinícius, a garçonete Fabiana Carvalho, 18, até a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) para relatar o desaparecimento. Conta versão sobre casal em Corolla e dá entrevista à imprensa. 4. Domingo (16) Amigos e familiares de Marcos Vinícius fazem passeata em Itapuã, pedindo ajuda para localizar o menino. Rafael participa da manifestação e cria página no Facebook para ajudar nas buscas. Polícia já sabe que ele está mentindo. 5. Quarta-feira (19) Rafael comparece, acompanhado de advogado, na 12ª Delegacia (Itapuã) para ser ouvido novamente. Ele confessa o crime e alega morte acidental. Ele leva os investigadores até o local onde deixou o corpo e é preso em flagrante.

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