Uma empresária e jornalista, Luana Nunes, descobriu no dia 1° de junho um câncer de mama. Ao tentar realizar o tratamento pelo plano de saúde, a solicitação foi negada e desde então ela vive com as incertezas da doença e se vai conseguir realizar o procedimento. O caso ganhou repercussão na redes sociais.
Em uma publicação no Twitter, Luana Nunes revelou o que estava ocorrendo. No desabafo, ela conta que a Unimed, plano de saúde da jornalista, não autorizou a cirurgia e que a empresa está descumprindo uma liminar.
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Acabei de receber a informação q a @unimedbr, mesmo após uma liminar da Justiça, NÃO AUTORIZOU minha cirurgia de retirada de CARCINOMA INVASIVO (CÂNCER). O plano acha q pode me matar e tá tudo certo? Cada dia q passa eu perco mais uma chance de ganhar essa batalha #liberaunimed
— luanunes (@luanunesp) July 1, 2022
Ao Fala Bahia, a empresária e jornalista explica que o momento tem sido difícil.
"Tem sido dias muito difíceis porque você já tem que lidar com a doença, com a expectativa. Infelizmente a gente ainda vive numa sociedade em que câncer é uma iminência da morte, então cada dia que passa eu me sinto menos amparada e mais suscetível a não conseguir sobreviver mesmo e isso é absolutamente desesperador.", desabafa.
Ela explica que quando deu entrar ao processo estava em carência por conta de uma portabilidade que não foi aceita pela Unimed. Ainda assim, Luana ganhou na Justiça uma liminar favorável à ela e que ainda não foi cumprida.
"Quando a gente começou esse processo junto com a Unimed eu estava em carência indevida por conta de uma portabilidade que não foi aceita pelo plano. O juiz pediu no dia 27 uma liminar favorável a mim em que a Unimed teria que marcar a cirurgia e até hoje a Unimed não autorizou e também nunca me deu uma resposta.", conta.
De acordo com o advogado Tiago Vilan, especialista em processo civil, nesse caso, principalmente por se tratar de um caso de emergência, a decisão deve ser cumprida de forma imediata. O especialista destaca que algumas medidas podem ser tomadas para agilizar o processo.
"Situações de urgência e emergência obrigatoriamente tem um prazo máximo de 24h. Então é injustificável esse procedimento da operadora, principalmente quando você tem uma decisão judicial que obriga ela a fazer o tratamento. Eu diria que o melhor caminho, se ela não obtivesse a autorização de forma imediata, ela solicitar um orçamento da unidade hospitalar, pra que a unidade hospitalar informe qual o valor do procedimento, incluindo todas as custas como despesas hospitalares e ia chegar a um valor total. Ela vai juntar [isso] ao processo em razão da negativa e do descumprimento da operadora, pedir que o juiz bloqueasse o valor nas contas da operadora para que a parte levanta a quantia e pagasse diretamente a unidade hospitalar.", diz o advogado.
A Unimed foi procurada para esclarecer sobre o caso da paciente. Por meio de nota, a assessoria de comunicação da unidade alega que não comenta processos judiciais e, apesar de não ter dado um prazo, informou estar dando andamento para a realização da cirurgia.
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Redação iBahia
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