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Polícia investiga troca de corpos em hospital após família perceber erro durante velório na Bahia

Unidade de saúde reconheceu que a situação trouxe sofrimento às famílias e disse que o caso será apurado

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Redação iBahia

05/11/2022 às 23:12 - há XX semanas
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					Polícia investiga troca de corpos em hospital após família perceber erro durante velório na Bahia
Foto: Reprodução/TV Bahia

A Polícia Civil da Bahia está apurando uma troca de corpos que aconteceu no necrotério do Hospital Aristides Maltez, localizado no bairro de Brotas, em Salvador. A situação foi descoberta depois que a família de uma das mulheres que morreu identificou o erro no velório. O caso foi registrado na delegacia de Simões Filho, na região metropolitana.

De acordo com a TV Bahia, a diarista Suelene Araújo Oliveira, de 49 anos morreu na última quinta-feira (3), dois meses depois de descobrir um câncer em estágio avançado. A doença começou no fígado, mas evoluiu até metástase - que é quando o câncer atinge múltiplas áreas do corpo. Quem buscou o corpo dela na unidade de saúde foi uma ex-cunhada dela, identificada como Jaqueline Silva,

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A mulher contou que, no momento de reconhecer o cadáver, estranhou algumas características, mas teria sido induzida ao erro por um funcionário do necrotério, que chegou a dizer que a diferença física poderia ter sido causada por deformações associadas ao excesso de líquido e medicações.

"Eu estava muito abalada, mas deveria ter prestado mais atenção e olhado. Não achei ajuda do funcionário do próprio hospital", denuncia a ex-cunhada.

Com a liberação, o corpo seguiu para Simões Filho, onde a família mora. O corpo da mulher desconhecida foi velado até a manhã da sexta (4), até que uma amiga que conhecia a diarista há mais de 30 anos decidiu retirar as flores que cobriam o corpo e verificar três cicatrizes que ela tinha: uma na barriga e duas marcas de cesarianas.

"Quando procurei a marca da cirurgia, não estava. Procurei a marca da cesárea e também não estava", comentou Cristina Mendes.

De acordo com familiares, após denunciarem a troca, foram informados pelo hospital que o corpo de Suelene foi enviado para Biritinga, cidade que fica a mais de 170 quilômetros de Simões Filho.

Em entrevista à TV Bahia, a vice-diretora técnica do hospital, Delvone Almeida, disse que a unidade de saúde reconhece que a situação trouxe sofrimento às famílias e que o caso será apurado. Ela disse ainda que não houve troca de declaração de óbito e nem de identificação do óbito, e sim, que aconteceu uma troca no reconhecimento do óbito.

"É difícil perder pessoas precocemente com o câncer, que traz tantos transtornos e sofrimento. Reconhecemos que isso foi um imperativo de sofrimento para todos eles, mas estamos solidários e vamos apurar", comentou.

Em nota, a instituição, que é filantrópica, sem fins lucrativos e especializada no tratamento do câncer na Bahia, afirmou que, em caso de prejuízos financeiros, as duas famílias terão apoio da unidade.

Sobre a falta de ajuda do funcionário no reconhecimento do corpo no necrotério, o hospital afirmou que um profissional acompanhou parentes da vítima durante o procedimento. A previsão era de que ainda neste sábado as duas famílias estejam com os corpos corretos, contudo não havia confirmação disso até a última atualização desta reportagem. Não há detalhes sobre a família ou identidade da outra mulher que teve o corpo trocado com o da diarista.

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