A cidade francesa de Mantes-la-Jolie, em 1998, concentrava proporcionalmente a maior quantidade de afro-descendentes da França. O lugar, entretanto, não foi escolhido pela Fifa para sediar as partidas da Copa. Diantes dos altos investimentos feitos para a realização de um evento desse porte, os gestores temiam que a cidade fosse prejudicada em detrimento dos grandes e mais conhecidos centros urbanos. Pensando nisso, uma série de ideias e planos de ações foram traçados pela comunidade local no intuito de acelerar o desenvolvimento social e econômico do lugar, atraindo a atenção dos investidores. Essas medidas foram alguns dos principais temas da conversa que o atual gestor de Mantes-La-Jolie, Michel Vianalay, teve, na última terça-feira, em Salvador, com o Secretário Municipal de Reparação, Ailton Ferreira, e com o Gestor do Escritório Municipal da Copa do Mundo da FIFA 2014, Leonel Leal. O encontro, no Palácio Thomé de Souza, trouxe para a mesa de discussão os aspectos culturais, econômicos e políticos voltados para a população afrodescendente relacionando-os com os preparativos para a Copa do Mundo. O gestor francês, que veio ao Brasil participar do Encontro de Panafricanismo nos municípios de Salvador e de São Francisco do Conde, já antecipou que pretende se aproximar mais da administração baiana trocando experiências e conhecendo as ações de reparação. A capital baiana conta hoje com o Selo da Diversidade, que incentiva a contratação de negros por empresas instaladas em Salvador. Além disso, a cidade conta com o mapeamento de templos de religião de matrizes africanas, com o Observatório Racial e com a inclusão de conteúdos da cultura africana no ensino municipal. A expectativa é que o diálogo iniciado possa promover um plano a ser aplicado também nas cidades do interior.
Encontro debateu os preparativos para o Mundial e as perspectivas para a promoção da igualdade racial |
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