Sentir a água salgada no corpo e nadar no mar era uma sensação que a aposentada Maria Estela Dória Carvalho, 96, não sentia há pelo menos cinco anos. Neste sábado (14), ela foi uma das participantes da 4ª edição do projeto ParaPraia, que até o meio-dia já tinha batido o recorde com 62 banhistas, todos pessoas com necessidades especiais, público-alvo da iniciativa. “A ansiedade é grande. Quando vinha à praia, ficava na areia e era molhada com baldes de água. Hoje, vou entrar. Está sendo uma surpresa muito boa. O projeto é maravilhoso”, disse a aposentada.
Pela primeira vez entrando no mar com uma cadeira adaptada, Delma Mascarenhas, 27 anos, destacou a importância da iniciativa. “Uma ótima oportunidade para alguns cadeirantes entrarem no mar de uma forma segura, além de proporcionar esse lazer maravilhoso. Só em sair de casa e desfrutar dessa beleza é muito bom”.
Toda a ação é assistida por voluntários de fisioterapia, enfermagem, educação física, medicina e psicologia, além de outros profissionais. Eles ficam durante todo o tempo com o cadeirante – que só volta para a areia quando tiver vontade. O projeto acontece todos os finais de semana até 12 de fevereiro, em frente Instituto Bahiano de Reabilitação (IBR), em Ondina, sempre das 9h às 13h. Atividades como mergulhos com cilindro, passeio com Stand Up Paddle, jogos de vôlei adaptados e atividades lúdicas associadas a banhos de mar também são oferecidas aos participantes.
A iniciativa, que é uma ação da Secretaria Municipal de Cidade Sustentável e Inovação, em parceria com a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador Shopping e Braskem, tem como objetivo incentivar a utilização dos espaços públicos, proporcionando lazer de forma segura com acessibilidade, estimulando a solidariedade. Para participar, o interessado pode ir à praia das 9h às 13h, passar por uma triagem simples e seguir para o banho de mar na cadeira anfíbia.
O projeto vem sendo realizado há três anos com sucesso, atraindo cada vez mais participantes para o banho de mar com segurança e conforto. Em cadeiras anfíbias, os banhistas contam com a total assistência de professores e alunos dos cursos de fisioterapia, enfermagem e educação física da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
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Redação iBahia
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