Ainda faltam dois meses para o fim de dezembro, mas já tem gente pensando nas responsabilidades típicas de início de ano, como matrícula escolar, IPTU e IPVA. Os contribuintes precavidos também já devem estar planejando o Imposto de Renda (IR) de 2015. Afinal, apesar da declaração só começar a ser entregue em março, as informações são referentes a este ano. Isso significa que deixar para se movimentar apenas na hora de declarar pode ser tarde demais. Seja para garantir uma boa restituição ou para pagar menos, especialistas garantem que ainda é possível fazer o planejamento tributário.
Para o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota, pensar no IR desde agora reduz, inclusive, as chances de erros que são cometidos na hora de declarar. “Infelizmente, a cultura do brasileiro é a de se preocupar com as coisas apenas nas vésperas. No caso do IR, as pessoas esquecem que a declaração do ano que vem é sobre este ano”, destaca. Ele diz que as orientações para ter um melhor resultado vão desde as mais simples, como separar os documentos (recibos, notas fiscais, etc) até aquelas que podem suavizar a mordida do leão, como a contratação de uma previdência privada.
Para ajudar os contribuintes que pretendem melhorar a restituição ou pagar menos, o 'CORREIO' ouviu especialistas em IR, incluindo a própria Receita Federal, a fim de informar sobre algumas estratégias legais que, aparentemente, são de conhecimento, mas passam despercebidas por boa parte dos contribuintes. Mas, atenção! Antes de sair por aí gastando para aumentar suas despesas dedutíveis é recomendável ter em mente quem é obrigado a entregar a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF 2015 (ano calendário 2014).
A instrução normativa que dita as regras da declaração do IR costuma ser divulgada em fevereiro, mas, tendo como base este ano, já dá para ter uma ideia de quem deve começar a se programar para acertar as contas com o Fisco. Em 2014 (ano calendário 2013), estava obrigado a entregar a DIRPF quem recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma anual foi superior a R$ 25.661,70. Há também outras condições que obrigam o contribuinte a entregar a declaração anual, como ter passado à condição de residente no Brasil.A contadora da H&R, multinacional especializada em Imposto de Renda, Jaqueline Paloma, faz uma ressalva: “A declaração IR nada mais é do que uma ajuste anual. Quem pagou à Receita mais imposto do que o devido será restituído e quem pagou menos terá de pagar o valor correto”. Segundo ela, não dá para mudar muito os resultados, mas, sim, dá para se planejar e não ser pego desprevenido, além de investir em coisas que terá um possível retorno. “Tem gente querendo fazer uma pós-graduação, mas não faz porque acha caro, por exemplo. Mas o que essas pessoas não levam em consideração é que esse valor, ou pelo menos uma parte dele, pode ser abatido do Imposto de Renda”.
Matéria original: Correio 24h Saiba o que fazer agora para pagar menos imposto no ano que vem
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