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Salvador lidera ranking de pessoas que se automedicam no país

Cerca de 96,2% dos soteropolitanos tomam medicamento por conta própria; média nacional é de 76,4%

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04/05/2014 às 10:50 • Atualizada em 30/08/2022 às 19:52 - há XX semanas
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Salvador concentra o maior número de pessoas que se automedicam em todo o país. Segundo estudo do Instituto de Pós-Graduação para Farmacêuticos (ICTQ), realizado em 12 capitais, na capital baiana a taxa de pessoas que tomam medicamento por conta própria, sem acompanhamento de um médico ou farmacêutico, chega a 96,2%.

Nas 12 cidades pesquisadas, foram ouvidas 1480 pessoas com 16 anos ou mais que consomem remédios. Além de Salvador, lideram o ranking Recife (96%) e Manaus (92%). No Brasil inteiro, a média fica por volta de 76,4%. Destes, quase um terço (32%) costuma aumentar a dose do remédio por conta própria, sem orientação do médico ou do farmacêutico. Os dados foram adiantados ao jornal Folha de S.Paulo, mas detalhes do estudo serão divulgados nesta segunda-feira (5), quando é lembrado o Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos.

De acordo com Marcus Vinícius Andrade, diretor de pesquisa do ICTQ, o consumo indiscriminado de medicamento acontece principalmente por indicação de familiares, amigos e vizinhos.“Foi um choque saber dessa quantidade de pessoas que aumenta a dose por conta própria para potencializar o efeito", acrescentou.

No Brasil os medicamentos com tarja vermelha são vendidos sem apresentação da receita, o que se torna um problema grave de saúde pública, já que eles correspondem a 65% do mercado de medicamentos. Os medicamentos são os principais agentes causadores de intoxicação no país – respondem por quase 30% dos registros –, à frente até dos agrotóxicos. Em 2011 (últimos dados disponíveis), foram 29.179 notificações, com 44 mortes. As crianças menores de cinco anos representam cerca de 35% dos casos de intoxicação. De acordo com o ICTQ, a cultura da automedicação e a falta de controle sobre a venda desses produtos em farmácias e drogarias são fatores que comprometem toda a cadeia de vigilância sobre sua produção e utilização no país.

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