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'Salvador tem elementos vivos da mitologia africana'

'África as Escolas' mostra a estudantes história afro-brasileira em visita guiada por pontos da capital baiana

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20/11/2014 às 10:22 • Atualizada em 01/09/2022 às 18:44 - há XX semanas
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Criado há quatro anos pelo guia turístico Rodnei Sacramento, o projeto "África nas Escolas"é uma iniciativa voltada para levar às unidades de ensino a história da cultura afro-brasileira de uma forma diferente das aulas tradicionais de História.
Alunos em visita ao Farol da Barra
Em entrevista ao iBahia, o idealizador explica como surgiu a ideia. "No meio de 2010, as escolas precisavam se adequar à lei 10639/11.465, que tornava obrigatório ensino da cultura afro brasileira no ensino fundamental e médio. Diante disso, eu pensei uma forma de conciliar o turismo e o ensino da mitologia africana de uma maneira que não fosse monótona e os alunos pudessem conhecer, na prática, através da vivência aquilo que o professor fala em sala de aula. Eu acredito que Salvador tem muitos elementos vivos da mitologia africana que podem permitir esse aprendizado", explica. O projeto realiza uma visita guiada com grupos formados com cerca de 40 a 45 anos que visitam pontos da capital baiana os quais têm relação com a mitologia africana. Com auxílio de uma equipe formada por seguranças, guias e atores, as crianças e adolescentes das escolas, que têm parceria com a ação, visitam lugares como o Farol da Barra, Dique do Tororó e Pelourinho. "O tour sai das escolas com as crianças em um ônibus e seguimos primeiro para o Farol da da Barra, para que elas entendam de onde vinham os navios negreiros, e percebam de qual lado está o continente africano. Em seguida, vamos ao Dique do Tororó e contamos para elas histórias da mitologia africana. É um momento importante de desfazer os preconceitos ligados, sobretudo, ao candomblé. Depois do Dique, seguimos para o Pelourinho já com um grupo de atores caracterizados que recebem os jovens", conta.
Grupo de estudantes no Dique do Tororó
Atualmente, segundo o criador e coordenador da iniciativa, o projeto tem parceria com 15 escolas privadas que realizam os roteiros de acordo com um calendário agendado compatível com o ano letivo. Há uma taxa cobrado pelos custos do roteiro que já é definida com as unidades de ensino anteriormente. Questionado porque o projeto não foi estendido à rede de ensino municipal e estadual, Rodnei disse que tentou um diálogo com ambas as redes, mas não obteve respostas. " Houve uma tentativa de fazer uma parceria com o governo do estado. Nós entregamos o projeto, mas tivemos resposta. Da mesma forma foi com a rede municipal. Entregamos o projeto, mas não tivemos também nenhum contato", explica.

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