A exploração infantil foi a ocorrência registrada em maior número pelo Observatório de Violação dos Direitos das Crianças e Adolescentes durante o carnaval de Salvador. A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), divulgou hoje (6) o número de casos atendidos pelo órgão, que atuou durante sete dias de festa na capital baiana.
Mais de 1,4 mil atendimentos foram apurados pelo órgão, que identificou 778 relacionados ao trabalho infantil, o equivalente a 55% do total. Dentro dessa ocorrência, 127 eram crianças trabalhando diretamente, enquanto 625 acompanhavam familiares, principalmente as mães. A secretaria ainda não informou se houve crescimento ou redução do número de casos de trabalho infantil, em relação aos anos anteriores.
Entre os principais circuitos do carnaval de Salvador, o circuito Dodô (Barra/Ondina) foi o que registrou o maior número de ocorrências, totalizando 54% dos casos. Mais da metade (54%) das crianças e jovens que estiveram em atendimento tinham entre 0 e 12 anos.
O observatório também realizou o acompanhamento do atendimento nos Centros de Convivência, que receberam crianças e adolescente que não tinham onde ficar durante o período de carnaval, quando os familiares estavam trabalhando nos circuitos da folia. O observatório realizou visitas aos centros e às delegacias do menor infrator e avaliou a qualidade dos locais e do tratamento que crianças e adolescentes recebiam.
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Redação iBahia
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