Foto: Camila Souza/GOVBA
O Secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, comentou sobre a operação militar que deixou três mortos na Gamboa, em Salvador, na última terça-feira (1°). Segundo o secretário, ele determinou que seja feita uma "apuração rigorosa" sobre o caso.
De acordo com o g1 Bahia, o secretário disse que a situação precisa ser esclarecida para a sociedade. Ainda segundo o gestor, caso as investigações provem que houve excessos por parte da Polícia Militar, os envolvidos serão responsabilizados.
No momento, o inquérito está em estágio preliminar de apuração, que está sendo feita pela Corregedoria da Polícia Militar.
Os militares que participaram da ação não foram afastados das atividades. Contudo, os armamentos utilizados na ocorrência foram encaminhados para a perícia.
O caso
Três pessoas foram mortas na última terça-feira (1°), na comunidade da Gamboa, localizada na Avenida Contorno, durante uma ação da polícia.
Os moradores da comunidade acusam os policiais de terem chegado atirando e usado gás lacrimogêneo, durante a madrugada, por volta das 2h.
Já a Polícia Militar afirma que os agentes foram recebidos com tiros ao entrarem na comunidade. Conforme nota da corporação, após revide e posterior progressão no terreno, as equipes encontraram três homens caídos ao solo em posse de armas de fogo e drogas. Já os outros suspeitos conseguiram fugir.
De acordo com a PM, cerca de 10 policiais estavam envolvidos na ação. As equipes encontraram no local e apreenderam relógio, três armas, drogas, mochila e balança de precisão.
Órgãos acompanham as investigações do caso
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou, na quarta-feira (2), que vai instaurar um procedimento de notícia de fato para apurar as investigações sobre a operação da Polícia Militar que resultou na morte de três pessoas na Comunidade do Solar do Unhão, na Gamboa. O parquet disse que, após isso, o processo vai ser distribuído para um promotor de Justiça.
Também na quarta, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) disse estar acompanhando o caso e irá cobrar da corregedoria e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) uma "investigação transparente e minuciosa do ocorrido, com o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência e outras medidas de proteção às testemunhas".
Já o Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos da Bahia (CEPDH-BA) e a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) emitiram um posicionamento sobre o assunto, afirmando que integrantes do órgão realizaram reuniões com membros da comunidade do Solar do Unhão e seguirão dialogando com as corregedorias da Polícia Militar e da SSP-BA para determinar o desenrolar dos acontecimentos.
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Redação iBahia
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