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Sem acordo, frentistas decidem manter greve

Trabalhadores querem 10% de reajuste. Patrões oferecem 7%.

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04/08/2014 às 19:01 • Atualizada em 01/09/2022 às 17:13 - há XX semanas
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A reunião de negociação entre Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) e o os donos dos postos, terminou sem acordo na tarde desta segunda-feira (4), segundo o Sinposba. Na reunião, que foi mediada pelo Ministério Público (MP), houve um avanço na negociação. O sindicato dos patrões ofereceu 7% de reajuste, mas os frentistas foram irredutíveis e mantiveram a proposta de aumento de 10%, decidido pelo sindicato juntamente com o Ministério Público. Uma nova assembleia foi marcada para terça-feira (5). Outra rodada de negociações entre as categorias com o Ministério Público está marcada para quarta-feira (6). Até lá, o Sinposba informa que os frentistas devem manter a greve com 30% do efetivo.
Frentistas foram irredutíveis à proposta de 7% oferecida pelos patrões em reunião nesta segunda-feira (4)
Segundo o Sinposba, ao todo 3500 frentistas que trabalham dos postos de gasolina da Bahia entraram em greve nesta segunda-feira (4). Ainda segundo a assessoria sindicato, a categoria decidiu pela paralisação desde o dia 11 de julho, após reunião sem sucesso com o patronato. "O nosso objetivo não é prejudicar a sociedade, por isso, vamos manter 30% dos postos.", disse Antônio José dos Santos, presidente do sindicato dos funcionários dos postos de gasolina. De acordo com Paulo Félix, secretário de imprensa do Sinposba, é preciso uma atenção maior aos trabalhores dos postos de combustíveis. "Há 12 anos estamos lutando por um salário melhor. Nós trabalhamos com produtos altamente perigosos e nem um plano de saúde é oferecido. Quando um posto é assaltado, o valor é descontado do frentista (que ganha R$ 724 + 30% de periculosidade). Nos últimos meses, tivemos vários frentistas baleados, esfaqueados e assaltados na capital e interior da Bahia. Não podemos suportar isso", afirmou. Em nota, o Sindicombustíveis Bahia informou que os postos revendedores cumprem com todas as obrigações trabalhistas, como vale transporte, uniformes, equipamentos de segurança e jornada de trabalho de 8 horas, assegurando-se o intervalo intrajornada de 1hora, não existindo extrapolação de jornada. ProtestoNo começo da manhã desta segunda, um grupo de trabalhadores dos postos de gasolina realizou protesto na Avenida Bonocô para reivindicar além do reajuste salarial, melhoria nas condições de trabalho. Não há previsão de normalização das atividades nos postos de gasolina.

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