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Sequestro termina com morte de refém e autor

Cerca de 20 pessoas forma mantidas sob a mira de um revólver por cerca de duas horas

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Redação iBahia

03/09/2016 às 13:51 • Atualizada em 01/09/2022 às 11:44 - há XX semanas
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Uma situação de reféns terminou em tragédia, quando uma das 20 pessoas mantidas sob a mira de um revólver acabou morta numa casa na noite desta sexta-feira, no bairro de Boa Vista de São Caetano. A dona de casa Jaciara Muniz da Silva Bispo, 46 anos, foi baleada na cabeça após cerca de duas horas em poder de um homem, identificado até agora pelas testemunhas como Diego, um morador do bairro. Ele também morreu baleado.

Pouco antes dos disparos, a residência estava cerca por três guarnições da Rondas Especiais (Rondesp). Segundo o major José Raimundo Barros, comandante da 9ª Companhia Independente de Polícia (9ª CIPM/ Pirajá), Jaciara e Diego foram socorridos pelos policiais ao Hospital Ernesto Simões, no Pau Miúdo, mas não resistiram. Segundo Central de Polícia, o criminoso foi quem atirou na dona de casa, mas não há informações sobre a morte do homem armado.

Era por volta das 22 horas quando o culto de uma igreja protestante tinha encerrado na Rua da Alegria. Em seguida, um grupo de fiéis, cerca de 20 pessoas, entre adultos, adolescentes e crianças, se reuniu na casa de um dos obreiros, irmão de Jaciara. “A gente acabava estendendo para bater papo, alguns para beber água, todo mundo da igreja”, contou uma das irmãs de Jaciara, na manhã desse sábado (3), no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR). Ela foi uma das vítimas mantidas reféns pelo homem armado.

Quando as últimas pessoas tinham acabado de passar um de portão e caminhavam para a entrada da residência, o inesperado. “Ele surgiu do nada, Diego, com um revólver empurrando todo mundo para a sala e mandou fechar todas as janelas. Estava todo ensanguento, da cabeça aos pés, dizendo: ‘Eles vão me matar, eles vão me matar’. Mas não dizia quem”, contou a irmã de Jaciara. “Dizem que ele morava na rua de cima, mas nunca o vimos no bairro”, disse uma vizinha que acompanhava a irmã de Jaciara.

O homem armado ameaçava a todo tempo atirar. “Então, ele se trancou em um quatro com todas as cinco crianças, entre um ano e nove anos de idade, adolescentes e dois adultos, entre eles Jaciara. Todos nós ficarmos aterrorizados, sem saber o que fazer”, contou a testemunha. Foi nesse momento em que a polícia foi acionada por uma das pessoas que estava na casa.

Instantes depois, o homem abriu a porta e juntou novamente todos, com exceção de um menino de cinco anos, sobrinho de Jaciara, que fora dominado e teve a arma apontada para cabeça. “Nesse momento, Jaciara dizia: ‘tire o dedo do gatilho, meu filho, tire o dedo do gatilho, ninguém vai lhe matar’. Mas ele estava agitado demais. Falando com ele, ela conseguiu trocar de lugar com o sobrinho”, contou a irmã de Jaciara.

Ainda de acordo com a testemunha, por volta das 23 horas, a casa já estava cerca pela polícia e os demais reféns foram liberados pelo criminoso, menos Jaciara, que foi a única pessoa que ficou no imóvel sob a mira do revólver. “O que soubemos que em um determinado momento ele atirou nela”, contou a irmã.

Já um irmão da vítima, que também estava no IML para a liberação do corpo, disse que o bandido acabou morrendo logo em seguida. “Não sabemos o que aconteceu de fato com ele, se cometeu suicídio ou se foi morto pela polícia. Só uma investigação para dizer”, declarou, acrescentando que a família não foi autorizada pela polícia a entrar na casa depois dos disparos, efetuados por volta da meia-noite.

Atingida na cabeça, Jaciara deixou dois filhos, uma jovem de 23 anos e um rapaz de 21. O local e o horário do enterro ainda não foram divulgados pela família.


				
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