Servidores da Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) iniciaram, na manhã desta quarta-feira (5), uma paralisação das atividades por 48 horas. A decisão foi tomada em assembleia na última sexta-feira (31/07). Uma reunião entre a Secretaria de Gestão e a Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram) foi realizada na terça (4) para tentar chegar a um acordo, mas os agentes do órgão mantiveram a paralisação.
PAUTA - Uma nova assembleia está programada para esta quarta-feira, pela manhã, no pátio da Gerência de Trânsito (Gtran). O presidente da Astram, Luiz Bahia, afirmou que a paralisação foi decorrente da falta de avanço na negociação com a Prefeitura. “Mostramos 34 itens e recebemos ‘não’ na grande maioria e não tivemos previsão de resposta sobre outros itens, por isso paramos”, justificou Luiz.
Segundo o presidente da Astram, a depender do andamento da assembleia, os agentes podem fazer uma passeata partindo do pátio até a sede da prefeitura, na Praça Municipal. Os principais pontos a serem debatidos na assembleia é o retorno dos servidores da Transalvador que haviam sido transferidos para a Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana); a realização de concurso público, que não ocorre desde 2003; e ajustes na gratificação. Luiz Bahia garantiu que 30% dos agentes estão em serviço para atender solicitações emergenciais.
PREFEITURA – O secretário Alexandre Pauperio, da Secretaria de Gestão da Prefeitura, criticou a paralisação que ele julga ser “sem sentido”. De acordo com o secretário, a categoria vem recebendo aumento significante de salário: “É uma categoria que vem sendo beneficiada desde o começo da gestão. No ano passado tiveram aumento de 35% no salário, este ano de 12,9%. Mesmo assim eles têm pautas que eu considero sem sentido”. Alexandre disse que o órgão irá anotar as horas sem serviço para descontar no salário dos agentes.
Sobre as reivindicações que serão debatidas em assembleia da Astram, o secretário de Gestão disse que existe um processo de negociação dos itens. Sobre os servidores que foram alojados à Semob, ele afirmou se tratar de “um cavalo de batalha, porque não houve prejuízo para eles”. Ele garantiu que já há um processo interno e que até setembro eles devem ser relocados.
Sobre a realização de concursos, que não ocorrem há mais de dez anos, Alexandre disse que a Prefeitura havia feito um calendário de concursos para 2015, mas com o cenário econômico atual do país o calendário precisou ser suspenso. O secretário também criticou a cobrança de aumento salarial da classe. “Nós fizemos pesquisa de mercado em outras capitais e o que Salvador para é um dos três melhores salários do Brasil”, finalizou.
*Matéria revisada e supervisionada por Aline Caravina
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