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Suspeito de assassinar vendedora tem prisão temporária estendida

Tina está preso há um mês suspeito do crime; morte provocou comoção em Cachoeira

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Redação iBahia

16/03/2017 às 17:44 • Atualizada em 31/08/2022 às 23:39 - há XX semanas
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A prisão temporária de Clerisvaldo da Hora Ferreira, o Tina, 23 anos, será estendida por mais 15 dias. A decisão da Justiça foi publicada na tarde desta quinta-feira (16), segundo a polícia. Ele é suspeito de matar a pauladas a vendedora de roupas Antônia Oliveira da França, 38, na comunidade de Ladeira de Padre Inácio, zona rural do município de Cachoeira, no dia 3 de fevereiro. Hoje, os policiais fizeram uma nova busca na casa dele, mas não encontraram novidades.

Tina foi preso em casa, no dia 17 de fevereiro, duas semanas após o assassinato da vendedora. Ele nega envolvimento no crime e está custodiado na carceragem da unidade. A prisão tinha validade de 30 dias, ou seja, terminaria amanhã, mas foi estendida a pedido do Ministério Público do Estado (MPE).

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Antônia foi encontrada sem vida na zona rural de Cachoeira (Foto: Reprodução)

Segundo o titular da Delegacia de Cachoeira, Eduardo Coutinho, outras pessoas serão ouvidas antes dele remeter novamente o inquérito para o MPE.

"Eu concluí o inquérito e remeti para o Ministério Público, mas eles devolveram e pediram que mais pessoas fossem ouvidas. Cumprimos um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito hoje, mas não encontramos nada novo relacionado ao caso. O Ministério Público também solicitou que a prisão temporária dele fosse estendida por mais 15 dias e a juíza acatou o pedido", afirmou.

O corpo de Antônia foi encontrado em uma estrada de barro, em uma manhã de sábado na comunidade de Ladeira de Pai Inácio, na zona rural da cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia. Ela estava a caminho da casa onde morava com o irmão há mais de 20 anos quando foi abordada, arrastada até um matagal e assassinada. A mulher foi morta a pauladas e a arma do crime foi recuperada pela polícia.

Segundo o delegado, alguns dias antes ela havia comentado com algumas amigas da igreja que estava sendo perseguida e que estava com medo. Tina foi preso duas semanas depois do crime e caiu em contradições durante o depoimento. Os investigadores esperam reunir mais provas contra o suspeito para pedir a prisão preventiva dele.

Investigação
O assassinato de Binha, como Antônia era conhecida entre os amigos, provocou comoção entre os moradores de Cachoeira. Ela morava no povoado desde criança e trabalhava vendendo roupas de porta em porta. Ela morava com o irmão, não tinha filhos e não era casada, mesmo assim, a polícia acredita que a motivação do crime seja passional.

"Ele (Tina) disse que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, em segredo. Testemunhas contaram que alguns dias antes do crime ela (Antônia) disse que estava sendo perseguida por alguém e que estava com medo", contou o delegado, na época.

Os moradores começaram a desconfiar de Tina quando perceberam que ele estava com diversos arranhões no corpo. A prisão aconteceu duas semanas após o crime e a polícia não confirmou os arranhões. O delegado contou que a arma do crime - um pedaço de madeira com sangue e cabelo da vítima - foi recolhida no local do crime e está passando por perícia.

"Acredito que os arranhões foi porque ela tentou se defender. Além disso, um vizinho viu ele próximo ao local do crime na noite em que a menina desapareceu. Ele disse que estava caçando, mas estava sem arma e sem caça. Binha era uma pessoa muito querida. Ela trabalhava desde menina e sempre foi muito tranquila. Ela era vendedora autônoma e, por isso, era conhecida por muita gente", afirmou um morador em anonimato.

No total, oito testemunhas foram ouvidas pelo delegado e a prisão temporária tem validade de 30 dias. Durante desse prazo a polícia precisará apresentar mais provas para solicitar a prisão preventiva do suspeito. Até lá, Tina segue custodiado na carceragem de Cachoeira.

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