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Suspeitos de golpe do PIX na Record têm depoimento divulgado; veja

Marcelo Castro e Jamerson Oliveira foram ouvidos na quinta-feira (18), em Salvador

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Redação iBahia

19/05/2023 às 15:49 • Atualizada em 19/05/2023 às 18:57 - há XX semanas
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					Suspeitos de golpe do PIX na Record têm depoimento divulgado; veja
Foto: Reprodução / TV Bahia

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (19) o conteúdo do depoimento dos jornalistas suspeitos de envolvimento no golpe do PIX ocorrido na Record TV Itapoan, em Salvador.

Marcelo Castro e Jamerson Oliveira foram ouvidos na quinta-feira (18), acompanhados de advogados, e foram liberados após o depoimento. O crime segue sob investigação.

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De acordo com a polícia, os dois suspeitos confirmaram para o delegado Charles Leão, que apura o caso, que houve movimentação financeira entre eles, mas negam o crime.

Um dos jornalistas, que não teve o nome detalhado, informou para a polícia também que a entrada de dinheiro na conta dele tinha origem no fato de que pessoas pagavam para ter seus nomes citados no ar e que mentia ao citar os nomes dessas pessoas como doadoras.

Para o delegado, os dois alegaram que esse dinheiro era dividido entre eles.

Os jornalistas ainda responderam sobre o fato de que os titulares das chaves PIX usadas são de pessoas ligadas direta ou indiretamente a um amigo de infância de um deles. Inclusive, ficou comprovado que havia movimentação diretamente para esse homem.

No depoimento, foi dito que a movimentação foi por causa de um empréstimo em dinheiro vivo para esse homem, que não teve o nome divulgado.

O titular de uma conta bancária ligada a uma chave PIX que apareceu na tela da TV, no caso que contou com a ajuda de um jogador de futebol, também foi ouvido.

Segundo a polícia, ele afirmou que emprestou a conta dele para o suposto amigo de infância do jornalista, e forneceu para a polícia os extratos bancários.

A Polícia Civil informou também que verificou que há uma grande divergência entre o valor total doado e a quantia repassada, apontando uma apropriação de cerca de R$ 70 mil destas doações - valor do qual a contribuição do jogador não fazia parte.

Em nota, o advogado Marcus Rodrigues, que atua na defesa dos jornalistas, disse que eles não tiveram envolvimento com as chaves PIX colocadas durante as reportagens. Segundo ele, essa informação foi confirmada no depoimento de uma pessoa "imprescindível nas investigações".

"Importante ressaltar que, essa mesma pessoa declara em seu depoimento, em sede de delegacia, que não tem amizade com Marcelo Castro, tampouco com Jamerson Oliveira, diferente do que vem sendo veiculado".

Ainda no posicionamento, o advogado diz que Marcelo e Jamerson estão totalmente à disposição da do delegado Charles Leão, para tirar dúvidas e contribuir com o trabalho investigativo da polícia.

A reportagem também procurou a Record TV Itapoan para saber o posicionamento sobre a situação atual da investigação, mas não teve retorno até a última atualização deste texto.

Depoimentos

Jamerson foi ouvido pela manhã da quinta-feira. Ele chegou na unidade policial pouco depois das 10h, acompanhado de um advogado. Em seguida, Marcelo também esteve na delegacia. Os dois saíram juntos no início da tarde. Jamerson apenas disse que espera que a situação seja resolvida.

"Com fé em Deus tudo será esclarecido", comentou para a TV Bahia.

Pouco tempo depois, Marcelo retornou para a delegacia para ser ouvido pelo delegado. Ele ficou na unidade até por volta das 18h. Ao sair, o jornalista conversou com a imprensa.

"Toda a verdade foi deixada aqui agora na delegacia. Graças a Deus, eu tive a oportunidade de conversar, de passar detalhes, de contar tudo", disse.

O advogado Marcus Rodrigues, que faz a defesa do jornalista, disse que estão juntando documentos para tentar inocentar Marcelo.

"Marcelo hoje teve a oportunidade de trazer a sua versão, a verdade. Acredito que, a partir de agora, a autoridade policial, que tem nosso respeito, vai finalizar esse procedimento e tomar as medidas cabíveis".

Marcus ainda disse que a prática de passar números de telefone para que interessados doassem era uma prática da emissora. "Isso, pelo que Marcelo contou hoje, é praxe do procedimento da empresa".

O crime consistia em arrecadar doações que supostamente seriam repassadas para pessoas em estado de vulnerabilidade social e não fazer isso. Os dois jornalistas ouvidos nesta quinta foram demitidos pela emissora após o início da apuração.

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