Durante o evento de comemoração dos 191 anos da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), realizado na quarta-feira (20) pela manhã, na Vila Militar do Bonfim, nos Dendezeiros, o secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, falou sobre o andamento da investigação sobre o desaparecimento do adolescente Davi Fiúza, em 2014, e garantiu que a Polícia Civil está dando atenção especial ao caso.
“O caso é uma prioridade como o Caso Geovane, envolvendo a suspeita de participação de policiais. O inquérito não foi concluído e está com o diretor do Departamento de Homicídios para análise” declarou, citando o delegado José Bezerra.
O coronel Anselmo Brandão com o secretário Maurício Teles Barbosa (Foto: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO) |
Barbosa disse ainda não acreditar na versão indicada pelo advogado da família, citando o inquérito, em que ele insinua que Davi foi capturado numa espécie de ‘prova final’ do curso de formação de 19 alunos da PM, na qual a missão seria capturar pessoas envolvidas com o crime.
“Não pedimos nos treinamentos a captura de nenhum suspeito. Não colocamos nossos alunos para fazer isso. Acho exagero no que se refere à investigação policial”, declarou o secretário, que ainda ponderou o fato de a investigação não ter sido concluída.
“São palavras do advogado e não da Secretaria da Segurança Pública. Vamos aguardar (a conclusão)”, sugeriu. O advogado ao qual ele se refere é Paulo Kleber Carneiro Carvalho Filho, que defende a família do adolescente. Barbosa foi questionado ainda se há pistas sobre o paradeiro do corpo de Davi Fiúza, que sumiu desde a manhã do dia 24 de outubro de 2014.
A informação sobre o sequestro cometido durante a ação policial é baseada no depoimento de pelo menos 12 testemunhas. “A polícia está fazendo sua parte e vamos encontrar o corpo. Não se sabe ainda a localização pelas provas colhidas até agora. É uma das prioridades da polícia”, declarou ele.
Em entrevista também na Vila Militar, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, não descartou a punição dos acusados. “Vamos agir com rigor se ficar certo as provas do envolvimento de policiais. Essas práticas não condizem com a Polícia Militar”, afirmou o comandante-geral.
Sobre o suposto envolvimento de alunos do curso de formação da PM no desaparecimento de Davi Fiúza, Brandão comentou: “Não é o desejável do comandante formar pessoas para cometer esse tipo de delito. A gente tem que analisar de alguma forma esses alunos que foram empregados”. O coronel ainda enfatizou que aguarda o envio do inquérito da Polícia Civil ao comando da PM.
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