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Exposição à poluição ambiental mata quase 7 milhões de pessoas por ano

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24/02/2016 às 11:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 9:56 - há XX semanas
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Degradação do meio ambiente e poluição estão associadas a um número cada vez maior de problemas de saúde, segundo o Pnuma
Foto: Banco Mundial / Curt Carnemark

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) chamou a atenção na sexta-feira, 19 de fevereiro, para a longa e crescente lista de problemas de saúde associados à degradação ambiental. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 23% das mortes prematuras em todo o mundo poderiam ser atribuídas a fatores ambientais. Entre as crianças, a percentagem sobre para 36%.

“Todos os anos, quase 7 milhões de pessoas morrem, porque são expostas à poluição em ambientes internos e externos, (envolvendo) desde a produção de energia, a utilização de fornos, o transporte, fornalhas industriais até queimadas e outras causas”, afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.

O chefe da agência da ONU destacou que cerca de mil crianças morrem por dia devido a doenças transmitidas por água contaminada e imprópria para o consumo. No mundo, mais de 2 bilhões de indivíduos vivem regiões onde falta água.

A relação entre saúde e meio ambiente será amplamente debatida na Assembleia Ambiental das Nações Unidas, que acontecerá ao final de maio

O Pnuma mencionou a zika, a malária e o ebola entre as infecções cujos riscos são agravados conforme a degradação da natureza aumenta. Diferentes tipos de câncer e formas de intoxicação também foram citados.

Intervenção humana
“Há uma consciência crescente de que os humanos, pela sua intervenção no meio ambiente, desempenham um papel fundamental no recrudescimento ou na mitigação dos riscos à saúde”, disse Steiner.

Um exemplo consistente é o Protocolo de Montreal, acordo que foi implementado em 1989 e que retirou de circulação quase 100 substâncias nocivas à camada de ozônio. Segundo o Pnuma, estimativas indicam que, graças à iniciativa, cerca de 2 milhões de casos de câncer de pele serão prevenidos até 2030. Até 2060, a proibição dessas substâncias deve gerar ganhos de até 1,8 trilhão de dólares para os setores de saúde.

Eliminação do chumbo
Outra medida lembrada pela agência foi a remoção de chumbo dos combustíveis, o que estaria contribuindo para evitar 1 milhão de mortes prematuras por ano. A eliminação do metal da composição da gasolina poderá aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) global em até 4%.

Além de combaterem a disseminação de doenças infecciosas, investimentos em saneamento e água potável também podem ser lucrativos. O Pnuma calcula que, para cada dólar investido no setor, lucra-se entre cinco e 28 dólares.

A relação entre saúde e meio ambiente será amplamente debatida na Assembleia Ambiental das Nações Unidas, que acontecerá ao final de maio. Durante a ocasião, o Pnuma lançará um relatório sobre o tema a fim de promover a discussão sobre os vínculos entre desenvolvimento, meio ambiente, saúde e economia.

(Via ONU Brasil)

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