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Espetáculo discute violência contra a mulher no Vila Velha

'A mulher como campo de batalha' estreia 30 de setembro e é a quarta peça do romeno Matéi Visniec encenada por Marcio Meirelles

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19/09/2014 às 15:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:13 - há XX semanas
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O Teatro Via Velha estreia, dia 7 de outubro, 'A mulher como campo de batalha', espetáculo escrito pelo dramaturgo romeno Matéi Visniec que será encenado pela primeira vez no Brasil, com direção do encenador Marcio Meirelles. A peça, que tem título original 'Do sexo da mulher como campo de batalha na guerra da Bósnia', se debruça sobre uma realidade que parece distante. Trata do encontro de duas mulheres arrasadas pela guerra: Dorra, violentada por um grupo étnico inimigo durante o conflito na Bósnia, e Kate, uma psicóloga que deixou a família nos Estados Unidos para trabalhar na escavação de valas comuns.
Duas mulheres unidas pela guerra: "Amulher como campo de batalha' estreia dia 30 de setembro, no Teatro Vila Velha
A narrativa é construída a partir de alguns monólogos e diálogos entre as duas personagens, interpretadas pelas atrizes Iana Nascimento e Giza Vasconcellos. Dorra, inicialmente emudecida pela violência que sofreu, resiste às perguntas de Kate. Com o tempo, o silêncio dá espaço a respostas que alternam entre a agressividade e o medo, até que, ao se aproximarem, elas encontram uma na outra a possibilidade de reconstruir um equilíbrio.A obra de Visniec é uma ficção construída a partir de pesquisa e de uma série de relatos de vítimas da guerra que arrasou a região dos Bálcãs, na Europa, durante os anos 1990. Estima-se que durante o conflito da Bósnia entre 20 mil e 50 mil mulheres foram violentadas. O estupro das esposas, mães e filhas do inimigo étnico era como o golpe de misericórdia dado pelo guerreiro, uma estratégia militar para desmoralizar seu inimigo. Na Guerra da Bósnia, o sexo da mulher tornou-se um campo de batalha.
Esta é a quarta peça de Visniec montada na Bahia, todas dirigidas por Marcio. A primeira delas, 'Espelho para Cegos', foi assistida pelo dramaturgo em visita ao Teatro Vila Velha, em 2013, junto à leitura dramática de 'Por que Hécuba', texto traduzido e montado pelo Teatro Vila Velha em janeiro de 2014 e que volta aos palcos em outubro, dentro da programação do Festival Internacional de Artes Cênicas (Fiac). O terceiro espetáculo, 'O Último Godot', teve estreia em maio deste ano.
Ainda em outubro deste ano, Matéi Visniec volta a Bahia para participar da Festa Literária de Cachoeira, onde compõe, ao lado do diretor teatral Marcio Meirelles e do dramaturgo Gil Vicente Tavares, uma mesa redonda com o tema 'Cortinas abertas: do palco aos livros', no dia 31 de outubro, sexta-feira, às 15h, em Cachoeira.Teatro acessívelA Mulher como Campo de Batalha é um dos três espetáculos da programação do Teatro Vila Velha que vão ser apresentados de forma acessível a pessoas com deficiência visual e auditiva. Através do projeto Teatro para Sentir, a primeira semana de apresentações (dias 07, 08 e 09/10) conta com intérprete de libras e audiodescrição. Além deste, as peças 'Relato de uma guerra que (não) acabou', do Bando de Teatro Olodum, e 'Bonde dos Ratinhos', peça infantil de Zeca de Abreu, também integram o projeto de acessibilidade.

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