O teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia retoma, nesta quinta-feira (12), a temporada de espetáculos artísticos na capital baiana. As primeiras obras serão expostas na sala black box do prédio.
As exposições passaram pela seleção do edital "Um Palco para Você!", que estimula a democratização do espaço cênico do instituto e conta com apresentações de quatro projetos da cena artística local. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo Sympla.
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O espetáculo performático "Burgre Diphusa" inaugura a grade de atrações, de 12 a 14 de maio, sempre às 19h. A obra foi pensada a partir da reescrita iconográfica e etimológica dos nove primeiros arcanos maiores do Tarot de Marseille, no período historiográfico que vai de 1986 até 2019.
A apresentação vasculha três décadas de eventos culturais e políticos, tecendo uma manta que, e cena, cobre o corpo do performer. Do industrial para a comunicação, do aldeamento para o empreendedorismo, do verbo para caracteres, do post para a pós-verdade, do clipe para o gif: uma era. A criação, concepção e atuação é do ator e professor Kall Andrade.
Outras apresentações
Até o dia 4 de junho, mais três espetáculos vão revezar no palco do Goethe-Institut Salvador-Bahia. De 18 a 21 de maio, às 19h, é a vez de “MARLY”, com atuação de Camila Odô Labá e direção de Negro Du.
O solo conta a história de uma mulher negra que abandonou a vida no interior para morar na capital baiana. Na nova etapa, ela se sente livre para viver corajosamente, enfrentando o conservadorismo da sociedade e seus tabus em relação ao prazer feminino.
Nos dias 27 e 28 de maio, às 19h, o monólogo “E vocês, quem são?” entra em cena. Com direção musical e supervisão de direção da cantora Larissa Luz ao lado de Felipe Roseno, o espetáculo coloca no palco o ponto de vista de um marginal num julgamento.
O personagem, consciente das cenas por trás das cenas, faz um provocativo apanhado histórico que, para ele, é o que justifica aquele cenário, principalmente a sua posição no banco dos réus, como o sujeito principal da tragédia brasileira.
Por fim, a obra cênica “Revoada”, do Coletivo Trippé, encerra a temporada de apresentações nos dias 3 e 4 de junho, sexta e sábado, também às 19h. Esse é o primeiro trabalho solo da bailarina Julia Gondim, que traz suas vivências como mulher ribeirinha, com um corpo disponível à contemporaneidade, mas enraizado numa região de influências de manifestações populares.
A partir da imagem do pássaro, solitário ou em bando, a intérprete-criadora traça imagens coreográficas que falam sobre paralelos entre o humano e a ave. A direção e dramaturgia é assinada por Julio Alves.
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Redação iBahia
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