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IBGE: quase metade da população preta ou parda estava abaixo da linha de pobreza na Bahia em 2021

Entre a população branca, o percentual de pobres era 42,4%

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Redação iBahia

11/11/2022 às 14:38 - há XX semanas
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					IBGE: quase metade da população preta ou parda estava abaixo da linha de pobreza na Bahia em 2021

Quase metade da população preta ou parda (47,5%, ou 5,7 milhões de pessoas) estava abaixo da linha de pobreza na Bahia em 2021, o que significa que viviam com uma renda domiciliar média inferior a R$ 486 por pessoa. Entre a população branca, o percentual de pobres era 42,4%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta sexta-feira (11).

Na Bahia, em 2021, 46,5% da população (6,9 milhões de pessoas) viviam abaixo da linha de pobreza. Desses 6,9 milhões, cerca de 2,4 milhões estavam na extrema pobreza, o que representava 15,8% da população do estado vivendo com menos de R$ 168 por mês, per capita (menos de US$ 1,9 por dia em paridade de poder de compra, também seguindo critério do Banco Mundial).

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Daqueles que estavam na extrema pobreza, 16,2% são pessoas pretas ou pardas na Bahia (1,9 milhão) e 14,0% dos brancos (393 mil).

Comparação com o Brasil

No Brasil como um todo, as desigualdades por cor ou raça na pobreza e extrema pobreza eram ainda maiores.

Em 2021, 29,4% da população brasileira eram pobres (62,5 milhões), mas a proporção entre as pessoas brancas era 18,6%, (17,0 milhões), e entre as pessoas pretas ou pardas, o percentual dobrava, indo a 37,7% (45,0 milhões aproximadamente). Entre os extremamente pobres, a diferença também foi expressiva: 8,4% da população brasileira estava nessa situação (17,8 milhões), mas a proporção entre as pessoas pretas ou pardas (11,0% ou 13,2 milhões) era mais que o dobro da verificada entre os brancos (5,0% ou 4,5 milhões).

A Bahia, embora tivesse percentuais de pobres bem maiores do que os nacionais, era o estado com menor desigualdade por cor ou raça nesse indicador. A diferença entre as proporções de pretos ou pardos (47,5%) e brancos (42,4%) abaixo da linha da pobreza era de 5,1 pontos percentuais.

No país como um todo, essa diferença ficava em 19,1 pontos percentuais. Entre as unidades da Federação, a desigualdade era maior no Amazonas (53,1% de pretos ou pardos pobres frente a 34,9% dos brancos, numa diferença de 18,2 pontos percentuais), Amapá (50,1% contra 32,0%, +18,1 pontos percentuais) e no Pará (49,0% contra 34,0%, +15,0 pontos percentuais).

Ainda assim, por ser um estado populoso (4o em população total e 3o em número de pessoas pretas ou pardas) e com significativa incidência de pobreza, em 2021 a Bahia tinha tanto o maior número absoluto de pretos ou pardos pobres (5,7 milhões) quanto o maior número absoluto de pretos ou pardos extremamente pobres (1,9 milhão) do país.

No estado, os pretos ou pardos eram 82,0% da população abaixo da linha de pobreza, frente a 80,4% no total da população. A proporção abaixo da linha extrema pobreza era ainda discretamente maior: 82,2% das pessoas extremamente pobres na Bahia eram pretas ou pardas.

Mas as participações de pretos ou pardos entre pobres e extremamente pobres diminuíram um pouco, na Bahia, frente a 2020, quando eram, respectivamente, de 84,1% e 84,5%. Isso ocorreu em razão da piora generalizada na situação financeira de um ano para o outro, que atingiu os brancos com um pouco mais de intensidade.

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