A Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) entregam nesta terça-feira (2) em Brasília uma petição com mais de 55 mil assinaturas virtuais pedindo a proteção dos mamíferos aquáticos da região amazônica, em especial o boto vermelho, também conhecido como boto-cor-de-rosa. O documento faz parte da campanha "Alerta vermelho" e pede ao Ministério do Meio Ambiente que adote medidas para antecipar a proibição da pesca de piracatingas na Amazônia, que usa como isca a carne do boto. As instituições entregaram documento para representante do ministério e colocaram, pela manhã, um boto inflável de 12 metros, no gramado da Esplanada dos Ministérios.
Em julho, o Diário Oficial da União publicou portaria proibindo por cinco anos a pesca da piracatinga na região. A medida, no entanto, só entrará em vigor a partir do janeiro de 2015. "Com certeza é um avanço. Mas não podemos deixar que muitos botos ainda sejam vítimas dessa predação até ano que vem", destaca a Ampa. Estudos de monitoramento da espécie realizados pelo Inpa na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá apontam que a população de boto-cor-de-rosa, como também é chamado, vem diminuindo em ritmo de 10% ao ano. "Isso chega a mais de 4 mil animais abatidos anualmente", alerta a pesquisadora do Inpa, Vera da Silva, coordenadora do Projeto Boto e que trabalha com esses animais há mais de 30 anos. "Diante de dados como esse é que precisamos construir ferramentas e instrumentalizar a fiscalização, já que o boto é um animal protegido por lei desde 1967, para que sejam criadas alternativas para a pesca da piracatinga, sem que precise ser usada a carne do boto", avalia Vera.Leia Também: "Eles começaram a pisar na minha cabeça" disse vítima de abordagem policial Tio de empresária morta em Vilas do Atlântico é transferido de hospital
Boto inflável foi colocado em Brasília (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil) |
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade