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Comissão de controle do Roberto Santos diz que reduziu infecções

Proliferação de bactérias multirresistentes obrigou hospital unidade a se livrar de colchões; troca deve ser concluída em 30 dias

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Redação iBahia

20/01/2017 às 13:12 • Atualizada em 30/08/2022 às 13:53 - há XX semanas
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A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) informou que a troca progressiva de colchões era uma medida urgente e fundamental para cumprir normas sanitárias e de controle de bactérias. A nova comissão, que assumiu há um ano, explicou que encontrou no hospital um quadro “complexo” e “problemático”.
Coordenadora em exercício da comissão, Verônica Rocha afirma que existia na unidade um costume de internar pacientes mesmo em leitos com colchões danificados. A partir de agora, isso está proibido.
“A ordem é não internar pacientes em leitos com colchões danificados. Por isso tivemos que trocar uma grande quantidade de colchões de forma súbita”, explica Verônica, destacando que não há uma relação direta de uma bactéria específica com o descarte de colchões.
O que há, segundo ela, é a necessidade de se controlar o quadro de infecções que, de fato, existe no hospital. “Em colchão rasgado não se coloca paciente. Essa é uma regra sanitária e de qualquer hospital que se preocupe com infecções”, afirmou.
Verônica garante que, depois de iniciados os trabalhos de controle, o tempo médio de internação dos pacientes caiu, o consumo de antibióticos foi reduzido e a taxa de infecção por bactérias no setor de hemodiálise caiu de 38% para 12%. “Deixamos de internar algumas pessoas agora para ganhar muito depois. Acredite. Trocar os colchões vai ser um avanço”, insiste.
Apesar disso, o CORREIO flagrou pacientes improvisando para continuar internado na unidade. Um deles, inclusive, trouxe um colchão de casa e passou a noite no chão do hospital.
O trabalho de controle de infecção hospitalar tem sido constante, diz a coordenadora. “Atuamos nas emergências, fazemos visitas semanais nas UTIs, orientamos diariamente os resultados de exames de 20, 30 pacientes por dia”. Verônica diz que o trabalho que tem sido feito desperta estranheza de funcionários porque é inédito.
“Da forma atuante como temos feito é algo novo para o hospital. Damos apoio aos setores de uma forma que jamais tiveram. Não só para as demandas da enfermagem como a orientação de médicos”. A comissão também informou que, no período entre Natal e Réveillon, foram instalados 800 dispensadores de álcool em todo hospital, o que garantiu 100% da cobertura de higienização de mãos na unidade. “Em, no máximo, 30 dias iremos concluir a substituição de todos os colchões”, confirmou.

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