Após Giovanni Quintella Bezerra ser preso em flagrante por estupro durante uma cesariana, outras pacientes do anestesista relataram compartamento inadequado do médico.
Ao g1, uma paciente contou que estranhou o procedimento adotado pelo anestesista quando teve o terceiro filho, no dia 5 de junho. Naiane Guedes diz que não sabe se "alguma coisa" aconteceu com ela, pois estava sedada, mas relatou o comportamento do médico.
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"Quando vi na TV fiquei desesperada. A única coisa que me recordo da cirurgia é da voz dele. Ele ficava falando baixinho ao meu ouvido, isso me incomodava. Ele perguntava se eu estava bem", disse a técnica de radiologia.
A mulher, que já tinha passado por outras duas cesareanas, afirmou que nunca havia sido completamente sedada. Naiane prestou depoimento nesta terça-feira (12) na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de São João de Meriti (Deam), na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Uma outra paciente, que passou por uma césarea no dia 5 de julho, diz que foi tão dopada que não conseguiu assistir ao parto do filho, nem conhecer o bebê, que morreria um dia depois.
A vendedora Thamires Souza Reis da Silva Ribeiro, de 23 anos, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti contra o médico. Ao jornal Extra, ela conrou que saiu da sala de parto com o rosto branco, e acredita que se tratava de sêmen que pode ser do anestesista.
"Eu percebi, quando ela veio para o quarto, que estava com algumas cascas, eu não sabia o que era. O rosto da minha filha estava colando e brilhando. Na testa. Perguntei para minha outra filha o que era e se ela estava suja. Até pensei que fosse um medicamento que eles tinham colocado no rosto dela. A minha filha estava toda mole, sonolenta. A irmã a limpou. Eu estava focada nas crianças", disse a mãe da jovem.
Réu por erro de diagnóstico
Giovanni Quintella Bezerra já era réu em um processo por erro médico e indenização por danos morais. Segundo o g1, o processo é movido por uma mulher que teve dois diagnósticos equivocados, um deles do anestesista. Após os erros, ela foi atendida em outro hospital do Rio de Janeiro e foi diagnosticada com H1N1 (gripe suína).
Por causa da doença, ele perdeu o dedão do pé direito e passou 23 dias em coma. Giovanni nunca apresentou defesa nos autos do processo. O caso aconteceu em julho de 2018.
Após ser diagnosticada com infecção urinária e ser liberada, o quadro de saúde da mulher não melhorou. A paciente então retornou ao Hospital Mario Lioni, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense , onde atendida por Giovanni.
De acordo com o processo, Giovanni reforçou o diagnóstico de infecção e disse que a paciente estaria com "ansiedade, e que seu estado físico estava bem".
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Redação iBahia
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