Multifacetado, criativo e inquieto. É difícil parar Carlinhos Brown quando a mente do mestre almeja algo. A história entre o cacique e os Zárabe é antiga. O artista, que completou 60 anos nesta quarta-feira (23), deu tom ao ritmo. Tudo começou com o movimento musical de vanguarda Vai Quem Vem, que funcionou, nos anos de 1980, como um laboratório na criação de sons e de novos instrumentos, deixando um legado de mais de 30 ritmos e desencadeando um processo de movimento, que consolidou o timbau como uma marca estética musical.
Do bairro do Candeal, surgiu o Zárabe em 1995, onde centenas de percussionistas se reúnem para uma homenagem à cultura muçulmana que está presente na formação étnica e cultural de África e que também passou parte de sua herança para a Bahia.
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Intérprete de cultura, criador de movimentos, compositor de versos, instrumentos e sonoridades e nome fundamental para a música e a cultura brasileira e mundial, Carlinhos Brown traçou uma potente trajetória artística que dedica aos mestres encontrados no caminho, tendo lugar cativo e especial o Mestre Pintado do Bongô.
"Vindos de sua filosofia vital e musical, os ritmos são ativos da natureza, como as árvores, motores que fazem com que a roda da Terra gire. O cosmos escuta quando soa a batucada, e então tudo ganha mais chances de fluir naturalmente", diz o mestre rítmico que já formou mais de 15 mil percussionistas pelo mundo.
Carlinhos Brown não só deu tom ao Zárabe, mas também à projetos como Timbalada, Pracatum, Bolacha Maria, Guetho Square, Tá rebocado, entre outros.
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Redação iBahia
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