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CONEXÕES E NEGÓCIOS

FGV aponta que empréstimos negados às mulheres negras é 50% maior

Nesse contexto, iniciativas afroempreendedoras promovem desenvolvimento de profissionais negros e auxilia no fortalecimento dos negócios

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Redação iBahia

14/04/2022 às 18:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:07 - há XX semanas
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Foto: Patrícia Amorim / Acervo Rodrigo Almeida

O Sebrae estima que a cada 100 adultos ativos no Brasil, 40 empreendem. No entanto, dados da FGV apontam que o número de empréstimos negados às mulheres negras, é 50% maior do que a mesma relação às mulheres brancas.

E a situação não para por aí.

Quando falamos sobre espaços de poder nas organizações, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que somente 2,6% dos mais altos cargos executivos e apenas 2,4% das funções de diretoria ou gerência são ocupadas por pessoas negras.

Acontece que o reflexo disso está no fato de que a renda média mensal dos trabalhadores negros, de acordo com o IBGE, é de R$ 1.865, contra a média nacional de R$ 3.509, sendo que, resultados apontados pelo Instituto iDados (2020), expõem que 37,9% dos homens e 33,2% das mulheres negras com diploma de ensino superior atuam em funções que não exigem o diploma.

Atenta a essa incongruência e inconformada com esse cenário, a assistente social Tamila dos Santos criou e fundou a Afroimpacto - escola on-line que impulsiona e desenvolve os negócios de empreendedores negros a partir de cursos e consultorias.

Com o objetivo de conectar pessoas e negócios, e também visando fortalecer o empreendedorismo negro, Tamila criou o Festival Afroempreendedor, evento gratuito que, em sua terceira edição, busca criar horizontes para esses profissionais, levando-os para uma reflexão sobre pautas, ferramentas e possibilidades para o cotidiano do Afroempreendedor.

“O Festival Afroempreendedor quer mudar a realidade de 60% dos empreendedores negros do Brasil que declararam não ter lucro com seus negócios”, explica Tamila dos Santos, CEO da Afroimpacto.

Sobre o projeto
O Afroimpacto tem a intenção de impulsionar serviços e negócios negros, promovendo transformação e impacto social, visando um futuro inclusivo para negros a partir de cursos e consultorias com preços acessíveis. Na prática, é uma forma de auxiliar os empreendedores que enfrentam dificuldades no mundo dos negócios ou simplesmente não sabe por onde começar.

Segundo Tamila dos Santos, o festival proporciona “a possibilidade de trazer temas tão atuais como influência, sob o olhar de pessoas negras, e conversar sobre práticas de ESG, que ainda é um campo muito novo para as empresas, permitindo criar um futuro novo para pessoas pretas”, afirmou.

Ficou curioso sobre o evento? A próxima edição está prevista para os dias 28, 29 e 30 de abril. É totalmente gratuito e os interessados podem se inscrever neste link.

Foto: Patrícia Amorim / Acervo Rodrigo Almeida


Rodrigo Almeida* -
@rodrigoalmeidarp
Relações Públicas, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial (SENAI - Cimatec), pós-graduando no programa de MBA em Tendências e Inovações, Palestrante, Professor Universitário de pós-graduação, Consultor e Diretor da agência CRIATIVOS.



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