Qual o tamanho do seu ‘medo de errar’?
E o quanto você se permite às novas experiências?
Um dos primeiros entraves para quem começa a trabalhar comigo ocorre ao descobrir que ‘deverá ser capaz de conquistas profissionais que antes acreditava ser improvável’. Com medo de errar, importunar, exagerar, incomodar, falhar e/ou se expor, jovens profissionais “travam” em situações e demandas inesperadas e aparentemente impossíveis.
Para trabalhar comigo é preciso entender que ‘para quem não tem medo, nada é impossível’.
É provável que esse meu impulso pelo fazer tenha raízes na escassez. Se você não tem nada a perder, a única opção é construir. No entanto, para construir sem nada é preciso resiliência, disciplina, pitadas de sorte, força de vontade, “cara de pau” e disposição ao erro.
A fim de identificar a raiz dos problemas associados à ansiedade infantil, pesquisadores da Universidade de Maryland realizaram um estudo com 100 crianças e concluíram que o medo intenso da rejeição, está no excesso de atenção que o ansioso dá aos próprios erros.
Dividido em duas etapas, o teste concluiu que quando elas estão conscientes de que estão sendo observadas, as crianças apresentam atividade cerebral diferente do momento em que acreditam estar isoladas. No teste, a equipe encontrou conexões entre ansiedade social e o medo de cometer erros, em um nítido reflexo aos comportamentos que perpetuam ainda na fase adulta.
A jornalista Débora Zanelato, no artigo ‘Acolha a sua imperfeição’, destaca o quanto “é reconfortante compreender que nem tudo precisa sair da forma como idealizamos. Errar faz parte do caminho, e aceitar a nossa vulnerabilidade traz coragem para viver, de fato, o que sonhamos”.
Perfeccionista – assim como o autor que vos escreve, Débora aponta o quanto é ameaçador à sobrevivência daqueles que tem medo de errar, a possibilidade de existir falha em alguma ação/iniciativa/projeto/decisão executada.
Fato é que inevitavelmente apresentar inseguranças (e até medo) em situações novas – sejam elas em nível pessoal e/ou profissional, é algo protetivo e natural. No entanto, quando essa insegurança bloqueia e adoece, gerando ansiedade e paralisia, precisamos reconhecer a necessidade de acompanhamento.
Quando recortamos para um cenário profissional dinâmico, o medo do erro é ainda mais preocupante, uma vez que ambientes corporativos demandam agilidade, rapidez, capacidade de mudança, riscos e tomadas de decisões.
Clichês, mas essenciais, os ditados “errar é humano”, “quem não tenta, não erra” e “só se aprende errando”, formam uma tríade de sabedoria popular indispensável para quem deseja construir algo com personalidade e identidade.
Eu defendo com veemência o direito das pessoas errarem e se permitirem às ‘tentativas e erros’, construindo assim um arsenal de experiências particulares, moldadas pela prática constante e variadas histórias para contar.
Quando eu recordo o passado, observo o hoje e olho para o futuro, só consigo pensar que se um dia der tudo “errado”, eu faço tudo de novo.
Rodrigo Almeida* - @rodrigoalmeidarp
Relações Públicas, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial (SENAI - Cimatec), pós-graduando no programa de MBA em Tendências e Inovações, Palestrante, Professor Universitário de pós-graduação, Consultor e Diretor da agência CRIATIVOS.
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