Na nutrição, existes os nutrientes não essenciais, que nosso corpo é capaz de produzir; e os essenciais, que devemos obter através da alimentação. O ômega 3 é um dos essenciais, do grupo dos ácidos graxos, diferente dos ômegas 6 e 9, considerados não essenciais.
O nutriente é encontrado em maiores quantidades em peixes de águas frias e profundas, e por isso no nosso litoral não é tão simples de obter. Esse ecossistema era equilibrado, mas devido o aquecimento global, modificações da vida marinha que inevitavelmente ocorreram, isso mudou e tem inclusive afastado as pessoas do consumo de peixes e frutos do mar.
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Em outros alimentos vegetais como nozes, amêndoas, linhaça também são são encontrados omega 3, em doses menores.
Mas afinal, o que é o Ômega 3?
O Ômega 3 representa a união de ácidos graxos (grupo das gorduras): Ácido alfa-linolênico, Ácido eicosapentaenoico (EPA) e o Ácido docosa-hexaenoico (DHA). O EPA e o DHA são encontrados em peixes de águas profundas, já o ácido alfa-linoleico é de origem vegetal e pode ser convertido em DHA ou em EPA, como por exemplo a chia e a linhaça.
No nosso corpo, tipos de gorduras citados acima formam a camada lipídica que envolve a célula, como forma de proteger e potencializar suas funções.
O EPA diminui as atividades das plaquetas sanguíneas, prevenindo a formação de coágulos. Também reduz os níveis de triglicerídeos, um tipo de gordura que está associada ao risco cardiovascular. E por modificarem a composição química do sangue, aumentam os níveis de HDL e ajudam na redução dos níveis de LDL, que quando em excesso, pode se depositar nas artérias e provocar um acúmulo e obstrução das mesmas.
Por evitar a formação das placas de gordura na parede das artérias e garantir a flexibilidade das veias e artérias, a substância reduz o risco de hipertensão, aterosclerose, infarto.
No Cérebro: age na formação da bainha de mielina, um componente dos neurônios. Assim, ocorre a melhora do desempenho cognitivo, da atividade cerebral e comunicação entre as células do cérebro. O ácido graxo também conta com efeito vasodilatador e por isso ocorre o aumento do aporte de oxigênio e nutrientes.
Na Obesidade: é interessante devido à sua ação anti-inflamatória. Afinal, a obesidade é um processo inflamatório e age de maneira a interferir na forma como o cérebro percebe a presença de comida no corpo. O organismo também utiliza o ômega-3 para produzir prostaglandinas, substâncias químicas que têm participação em muitos processos, inclusive no combate às inflamações dos vasos sanguíneos. Em indivíduos obesos a gordura saturada acaba tomando parte do lugar do Ômega 3 no cérebro e no organismo como um todo. Quando isso ocorre a região do cérebro chamada hipotálamo que controla a fome e o gasto energético fica inflamada e deixa de realizar suas funções tão bem. Quando a pessoa volta a consumir o ômega 3 esta parte do cérebro volta a funcionar corretamente.
Além disso, o Ômega 3 consegue modular a expressão de neurotransmissores que controlam a fome e reduz a presença de proteínas responsáveis por aumentar o apetite.
Esses são alguns dos inúmeros benefícios de suplementar Omega 3 em todas as fases da vida. Consulta um nutricionista e veja qual a recomendação ideal para você!
Fernanda Macuco
Fernanda Macuco
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