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ÓPRAÍ WANDA CHASE

Intimidade x carreira: Margareth Menezes abre o coração e responde perguntas exclusivas dos fãs; veja         

Cantora respondeu a perguntas dos fãs na coluna especial de Wanda Chase

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Wanda Chase

13/10/2022 às 12:48 • Atualizada em 14/10/2022 às 9:17 - há XX semanas
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					Intimidade x carreira: Margareth Menezes abre o coração e responde perguntas exclusivas dos fãs; veja         
Foto: Divulgação

Margareth Menezes completa hoje, 13 de outubro, 60 anos e 35 de carreira. Maga, como é chamada carinhosamente pela família desde a infância, é uma das artistas mais queridas da Bahia. A cantora é a filha mais velha de uma família de cinco irmãos: Rita, César, Osmar e Aline, filhos e filhas de dona Diva, costureira e doceira, e do taxista Adelcio.

Margareth nasceu na Vila Operária, no bairro da Boa Viagem. Os irmãos contam que Maga é muito família, amada por todos, e ressaltam a relação da cantora com a mãe, dona Diva que não está mais entre nós. Margareth era uma “pimentinha’’ recorda Aline, a caçula dos Menezes. Ela conta uma história que marcou a infância: o quintal da casa onde a família morava dava fundos para o Hospital de Irmã Dulce. Sabe o que Maga fazia? Colhia as mangas do pé e jogava pelo muro para os internos do Hospital. A menina deu trabalho para a freira. Maga também gostava de brincar de ser cantora e formou até uma banda. Imagina! E não é que deu certo! São 35 anos de carreira e fãs espalhados por todo o Brasil.

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Pedi para quatro baianos formularem perguntas para a aniversariante. Rendeu, viu! Ela, muito gentil, respondeu.

O motorista de Uber Jeferson Ruan perguntou: Margareth, se você não fosse cantora, qual profissão escolheria?

MM: Jeferson, gostei da pergunta. Olha, eu acho que seria advogada. Na escola achava que ia fazer Direito. Acredito que é uma profissão que tem a ver comigo e com a minha personalidade. Sou bem assim, sou uma pessoa que gosta da coisa da justiça. Até hoje penso nessa possibilidade, sabia?

A empresária Fátima Campos perguntou: o fato de ser uma mulher negra, talentosa, bonita, inteligente, você se sente preterida porque não tem a mesma visibilidade e reconhecimento de outras artistas baianas?

MM: Obrigada Fátima querida. Não me sinto preterida em nada porque eu construí um legado, sou uma artista que tem o meu selo há mais de 15 anos. Eu me mantenho da minha música, sou a grande patrocinadora do meu próprio trabalho. Não me sinto preterida porque não fiquei paralisada. Sou uma pessoa que luta pelos meus espaços no país, que não é fácil, que tem a questão do racismo. Quando a gente fala em racismo estrutural não é repetitivo, é uma realidade da sociedade brasileira que a gente precisa combater. Eu não fiquei esperando, não! Eu sempre tive minha ação e fui à luta. Sou uma artista que faço shows no Brasil inteiro, graças a Deus minha carreira está aí. O que eu tenho mesmo é uma luta e a gente precisa falar disso.


				
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Foto: Divulgação

A bióloga Débora Aleixo quis saber se Margareth já conseguiu realizar todos os sonhos e projetos. Se não, o que a impediu? E se pretende batalhar por eles.

MM: Débora, eu sou muito do presente, sabia? Nada do que eu fiz na minha vida foi assim meticulado. Eu busquei, perguntei. Como é que eu quero que as pessoas me vejam? O que é potente para mim? Que lugar que eu posso ocupar dentro disso tudo? E aí fui ocupando espaços, dentro dessa representatividade. Projetos? Uns eu consegui, outros não, faz parte da dinâmica da vida, a gente não pode achar tudo que a gente quer, né? E tenho outras coisas boas pela frente, tenho alguns projetos novos, quero desdobrar a minha empresa. Estou estudando como funciona esse mundo digital.

A produtora cultural Mariana Carvalho, pergunta qual a maior emoção ou emoções nesses 60 anos de existência e 35 de carreira?

MM: Mariana, eu só posso agradecer a vida viu! Porque eu consegui atravessar tantas coisas na minha vida. Sabe quando você se sente em um deserto? Eu já tive um período que eu acordava chorando no meio da noite sem saber como e o que eu ia fazer para vencer determinados momentos da minha carreira. Também já tive coisas muito boas, acho que é a abertura que eu sempre tenho pra vida. Aprendi a esperar o momento certo das coisas e sem perder a esperança. Ter também foco, então o que eu fui estudar na minha carreira: ter identidade e apostei na minha identidade e propaguei ela, fui achar um lugar pra mim nesse universo imenso que é a MPB, a Música Popular Brasileira. Eu sempre digo que quem me trouxe pra cena de popularidade foi a música, foi nela que apostei o tempo todo, na música afro contemporânea. O afro pop não é uma invenção, é uma identidade, um conceito. É uma forma de eu interpretar e recolocar minha mensagem dentro de todo esse cenário da música brasileira com tudo que eu sou e que aprendi. A minha memória, a minha ancestralidade.


				
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Foto: Divulgação

Agora, peço licença aos fãs de Maga, para entrar em cena ou na cena. E pergunto: Quem é Maga? Essa mulher de 60 anos, filha de dona Diva. Quem é você na intimidade? Ela faz uma pausa… e responde :

“Sou uma mulher, uma pessoa. A idade chega para todos nós, mas graças a Deus me sinto com muita vitalidade, muita disposição de viver, primeiramente, porque é preciso ter coragem para ser feliz como dizia Dona Canô. Sou uma pessoa que busca o meu bem estar. Não sou a pessoa que vivo me consumindo com o que não consegui. Sou uma pessoa que vive aprendendo as coisas com meus erros e acertos e aberta aos bons momentos, novas conquistas. Toda vez que o sol nasce, que eu abro os olhos, agradeço a Deus demais. Tenho alegria de viver, isso pra mim é muito importante. Acho que aprendi isso com minha mãe. Ela era uma pessoa muito positiva. Vejo coisas bonitas em pequenas coisas, gosto disso. Sou aberta à mudanças. Nunca fui uma pessoa que pensou: ” ah! só posso ser de um jeito “ . Não tenho grilo nenhum com isso. Pra mim isso é uma coisa muito bem resolvida. É isso, eu gosto de gente, de aprender coisas. Gosto de gente, então gosto de participar, de contribuir, tudo é embutido em mim. É da minha natureza, me entrego, não gosto de quem me force a fazer nada. Minha cabeça é aberta, meu coração é aberto. Hoje já tenho alguns filtros, a maturidade faz isso, mas eu tenho buscado viver bem, principalmente comigo mesmo. Minha relação é com Deus.

E para finalizar, pergunto: Maga, você já viveu grandes paixões, amores? Já encontrou seu grande amor?

MM: Já pensou se eu chegasse aos 60 anos e não tivesse vivido grandes amores? Acho que eu ia ser uma crosta, uma concha fechada. Já vivi coisas belíssimas, isso são os melhores momentos que trago comigo. Geralmente estabeleço boas relações. Desejo bem a todas essas pessoas e respeito todas. Cada pessoa que já convivi, seja homem, seja mulher, em cada pessoa vejo um ser humano, trago comigo com um sentimento de respeito, isso é uma coisa muito natural. Não me acho melhor nem pior pelas minhas vivências. Gosto da minha discrição. Enfim, a humanidade é muito antiga e todas essas coisas são muito antigas também. Acho que primeiro a gente sossega nosso sentimento, procura pelo menos ser uma pessoa de bem e estar com a pessoa que nos faz feliz. A busca pelo amor é uma eternidade, sempre queremos estar com alguém que nos faça feliz. Isso é que é importante.

Valeu Margareth! Obrigada por sempre me atender, conversar contigo é muito bom. A entrevista flui. Sucesso e vida longa, Deus te abençoe!


				
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Imagem ilustrativa da coluna ÓPRAÍ WANDA CHASE
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