Apesar de ter perdido a cabeça na Copa América, desfalcando o Brasil no restante da competição disputada no Chile, muitos são os que incluem Neymar no pódio dos melhores jogadores do mundo. E isso quer dizer muita coisa no futebol atual, considerando que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são intocáveis na briga pelo trono.
Entretanto, o argentino e o português são mais experientes do que o brasileiro. Neymar tem apenas 23 anos e já é um grande sucesso na Europa. Como estavam os respectivos camisas 10 e 7 de Barcelona e Real Madrid quando tinham o mesmo número de primaveras que o craque da Seleção?
Comparando os números: a desvantagem é clara
Na última temporada, Neymar disputou 51 jogos – levando em consideração Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Champions League – e fez 39 gols. O brasileiro ainda deu sete assistências para seus companheiros de equipe na temporada 2014-15, na qual ajudou o Barcelona a conquistar todos os troféus possíveis. Além disso, foi protagonista maior da Seleção em uma Copa do Mundo realizada em casa e não decepcionou: foi preciso uma lesão para lhe tirar do torneio, e sua ausência é sempre um enorme problema para o Escrete Canarinho.
Em 2009-10, Lionel Messi marcou 47 gols em 53 partidas oficiais disputadas pelo Barça: média de 0,89 gols por jogo contra 0,76 de Neymar. O argentino já era melhor do mundo, protagonista de um Barcelona que escrevia suas páginas douradas sob o comando de Pep Guardiola. Além de colecionar gols, o ‘Pulga’ proveu dez assistências apenas no Campeonato Espanhol, superando a marca do atual companheiro de time. Aos 23 anos, Lionel já tinha uma boa vantagem em relação ao Neymar de hoje.
Cristiano Ronaldo também tem números melhores. Durante a temporada 2007-08, quando tinha 23 anos, o português conseguiu vencer a desconfiança de quem o criticava pelo excesso de individualismo no Manchester United e foi a estrela dos ingleses na conquista do Campeonato Inglês e Champions League. Ao todo, o ‘gajo’ colocou a bola no fundo das redes em 42 oportunidades nos 49 jogos disputados (média de 0,86 gols/partida), e no final de 2008 foi eleito melhor jogador do mundo.
E na comparação com os últimos protagonistas brasileiros?
Se Neymar leva uma (honrosa) desvantagem para os dois melhores do mundo, quando avaliamos os números do camisa 11 do Barcelona com Ronaldinho Gaúcho e Kaká – os últimos brasileiros eleitos melhores do planeta – o ex-santista mostra que realmente é um representante mais do que digno do ‘jogo bonito’ que, apesar dos pesares, ainda é ligado ao nosso país.
Há exatamente uma década, Kaká fazia a sua segunda temporada com a camisa do Milan. Aos 23 anos, o meia revelado pelo São Paulo era a esperança para o futuro: já havia sido campeão mundial pelo Brasil, mas precisava evoluir. E, naquele mesmo ano, o camisa 22 do clube italiano seguia escrevendo as primeiras páginas de uma bela história pelo Rossonero. O lado goleador, entretanto, era (e sempre foi, por característica e tática) mais fraco que o de Neymar: em 51 jogos foram nove gols (média de 0,18).
No entanto, aquela temporada de 2004-05 não terminaria com vitória para o clube de Kaká, que foi vice-campeão de uma decisão histórica de Champions League; 2º colocado na Série A e eliminado nas quartas de final da Coppa Italia. O auge no futebol aconteceria dois anos depois, quando conduziu os italianos ao título europeu e foi eleito melhor jogador do planeta.
Foto: representativa |
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