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Fase 'mata-mata' começa com França e Argentina

a. Choque de gerações que marca as oitavas de final de hoje, em Kazan, às 11h.

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Redação iBahia

30/06/2018 às 8:37 • Atualizada em 26/08/2022 às 20:56 - há XX semanas
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A tranquilidade com que a França chegou às quartas de final contrasta com o caráter dramático da caminhada argentina. Do lado europeu, uma geração vista como emergente, jovem embora protagonista em clubes europeus de elite; do lado sul-americano, um grupo de jogadores próximo da despedida. Choque de gerações que marca as oitavas de final de hoje, em Kazan, às 11h. Gerações que estarão em campo sob uma saraivada de críticas, questionamentos e um senso de expectativas não cumpridas.
A diferença, talvez, esteja no fato de que os franceses podem ter uma chance, daqui a quatro, anos, em caso de derrota. Para a espinha dorsal argentina, esta deve ser a última. O que inclui Messi, o maior jogador de uma era do futebol. O time impiedosamente batido por 4 a 0 pela Alemanha, em 2010, na África do Sul, incluía Otamendi, Di María, Aguero, Higuaín, Mascherano e astro maior, os dois últimos já remanescentes da Copa de 2006. Pesam sobre eles, todos entre os 30 e 34 anos de idade, os 25 anos sem conquista da seleção e a sensação de que a "Era Messi" pode ser desperdiçada.
Da França, desde 2014, esperava-se ver reproduzido na Copa o ar de frescor de seus jovens e talentosos jogadores, donos de potente arsenal ofensivo. Não é a primeira Copa de Griezmann, de 27 anos, tampouco de Pogba, de 25. Mas são estreantes Kylian Mbappé, de 19, ou Ousmané Dembélé, de 21, além de outros 12 convocados para este Mundial da Rússia. Os dois primeiros, astros em clubes de ponta da Europa vistos como personalidades difíceis de domar, por vezes excêntricos. Pior: jovens que aparentam certa soberba, frios mesmo em ocasiões mais solenes.
Este duelo promete...
Deschamps pede trégua
Depois de seis anos de trabalho na seleção francesa, o técnico francês Didier Deschamps ainda lida com uma questão mal resolvida: como acomodar seus talentos, aparentemente de características não complementares. Deve enfrentar a Argentina num 4-4-2, com Griezmann junto a Giroud no ataque. A formação é, em tese, ideal para o atacante do Atlético de Madrid, mas impõe sacrifícios a outros. Mbappe se distancia do gol pela direita; Matuidi, um meio-campista interior, tenta der equilíbrio ao time mais aberto à esquerda; Pogba, formando dupla de volantes com Kanté, reacende questões sobre sua disposição de ajudar defensivamente. No Manchester United, rende melhor com liberdade para avançar.
— Pogba gosta de jogar mais à frente, é melhor (do que Kanté) em assistências e gols. Mas os dois são complementares, têm virtudes diferentes. E há espaço para melhorar. É uma questão de encontrar balanço — explicou o treinador, reconhecendo que tem um exercício tático a fazer, mas incomodado com os questionamentos:
— Não é desculpa, é realidade: temos um time inexperiente, com 14 jogadores que nunca jogaram uma Copa — disse, pedindo trégua.
Mas foi o experiente goleiro Hugo Lloris, de 31 anos, quem melhor expressou o significado desta partida:
— Atingimos um objetivo. Uma nova Copa começa agora — sintetizou.
Sampaoli vira meme na Argentina
Do técnico contratado para colocar o conturbado futebol argentino nos trilhos à principal inspiração de um festival de memes nada condescendentes. Em um ano, o confiante Jorge Sampaoli, que deixou o bom trabalho no Sevilha e estreou com vitória sobre o Brasil num amistoso (gol de Mercado), transformou-se na piada argentina. Uma foto do técnico mexendo no celular, por exemplo, foi usada em diversas montagens. Numa delas, estaria pesquisando na internet “onde joga Dybala (reserva de Messi) na Juventus”.
Sem o respeito da torcida, da imprensa e dos próprios jogadores, o resultado de hoje parece indiferente para a definição de seu futuro. Poucos apostam em sua permanência após a Copa. A perda das rédeas sobre o time e a pressão dos jogadores mais experientes para mudar a escalação, sobretudo como Messi e Mascherano, minaram sua credibilidade.
Para muitos, o que de bom for feito daqui para a frente terá a assinatura só dos jogadores. Mas a desclassificação cairá na conta do técnico Sampaoli pede que seu trabalho seja analisado pelo que o time exibir em campo.
— Serei excelente se ganharmos, muito ruim se perdermos — sentencia.
Sobre o jogo de hoje, mostrou-se preocupado:
— Será importante nos instalarmos no campo rival e ter sequência de passes. Assim nos protegeremos dos contra-ataques — avisou.

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