Com mudanças no time campeão do mundo em 2014, a Alemanha dá os primeiros passos na Rússia neste domingo, contra o México, pelo Grupo F, tentando diminuir as expectativas e a pressão para repetir o bom desempenho. Tanto que o técnico Joaquim Löw descartou o oba-oba sobre uma possível repetição do 7 a 1 contra o Brasil ou qualquer seleção. Em coletiva no estádio Lujinik, local da partida, o treinador disse que muitas seleções evoluíram da Copa disputada no Brasil para a da Rússia, incluindo o Brasil, a França, a Espanha e também a Alemanha. Mas o momento é de transição, com alguns atletas jovens no grupo atual, tal qual o atacante Draxler, que despontava há quatro anos, aos 20.
— Temos que ser realistas. Ganhar de 7 a 1 do Brasil ou de outra equipe é pouco provável. O importante é chegar às finais e ganhar. Me perguntaram se a equipe é mais forte que 2014. Cada equipe muda em quatro anos. O Brasil agora é mais forte do que há quatro anos. Nós também temos alternativas. A França avançou muito, os espanhóis também estão melhores. No futebol as equipes seguem avançando. Temos que tentar melhorar também, assim como os outros. Estamos de novo em níveis similares. Em 2014 estivemos bem, mesmo com jogadores que haviam saído. Hoje também. Inglaterra, França... Todos estão melhores — analisou o comandante alemão, que não quis revelar o time que enfrenta o México.
Sinal também de que o mistério é arma em um conjunto com menos alternativas e experiência do que em 2014. E a tensão é maior. A palavra foi usada por Löw mais de uma vez. Embora sempre temida, a Alemanha chega com discurso de que não vai botar medo em ninguém antes de a bola rolar e a primeira vitória acontecer. O pensamento é jogo a jogo, explica o treinador:
— No fim, toda essa tensão não é decisiva, porque ela é positiva. Todos os treinadores e times possuem. Independentemente se já ganharam ou não. Estamos nos perguntando em que nível estamos, e antes de uma partida é difícil porque é uma fase de descanso, nem tudo funciona 100%. Todo mundo tem essa tensão e quer vencer no campo para começar bem.
Questionado se haveria expectativa pelo segundo título consecutivo, o treinador não escondeu que o grupo se mantém com ambição, mesmo tendo sido reformulado. Mas foi esse grupo que bateu o México por 4 a 1 na semifinal da Copa das Confederações, em 2017. Pelo menos para o início o retrospecto é animador, apesar do adversário ser o mais difícil em grupo com Suécia e Coreia do Sul.
— Se é verdade que é mais difícil ganhar um mundial seguido do outro, faz muitos anos que ninguém consegue. Entre dois mundiais há mudanças nos times, alguns saem, outros chegam, é difícil. Temos a mesma vontade que quatro anos atrás. A tensão aumentou, claro. Tem a geração de 2010, que jogou duas Eurocopas, mas o Mundial é algo especial. O importante é jogar partida por partida, sem olhar muito adiante, não pensar o que acontece em três semanas. Temos que começar bem contra o México. Mas temos ambição na equipe, claro — finalizou Löw.
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Redação iBahia
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