Redação Goal
Guiñazu, volante do Vasco, ex-Internacional, define sua forma de marcar os adversário com uma frase: "Se a gente jogar ali agora, não vou te matar, mas você não vai ganhar". De acordo com o jogador, isso vem do sangue indígena - da energia incansável da mãe e da avó. Aos 36 anos, é respeitado em todo time que chega, talvez pela vibração incomum, até mesmo após desarmes. Detalhe incomum, Guiña revelou que quando criança comia tijolo. "Eu era criança, né?! Como muitas vezes coloca a coisa no nariz... e uma vez tinha aquele tijolo vermelhinho, alguns que são mais duros, outros que quebram qualquer coisa. Aí eu...", disse Guiñazu ao Globoesporte.com. "Era bom demais [risos]", complementa o volante. O argentino lembra da má impressão que causou com seu jogo "agressivo" ao chegar no futebol brasileiro e que a resistência de árbitros, torcedores e adversários, foi quebrada aos poucos. "Se tenho oito anos aqui e jamais machuquei alguém, alguma coisa tenho de bom. Vou completar quase dois anos no Vasco, dei a volta por cima e o ano passado foi complicado, difícil, duro, mas a gente conseguiu levar o time ao lugar ao qual ele pertence. Esse ano aqui, ficando nesse grupo, é a coisa mais linda que vai ter, então vamos tentar aproveitar", disse Guiñazu ao Globoesporte.com. "Eu fico muito agradecido, só tenho para agradecer. O torcedor do Vasco tem sido maravilhoso, espetacular o tempo todo, até quando estive machucado. O único jeito que posso devolver é lá dentro do gramado, que é onde posso dar alguma coisa para eles", afirmou ele. "A característica sempre foi a mesma que tento manter até hoje. Tudo que faço nos treinos tento passar para os guris. Claro que o guri, em 30 metros, faz 10 segundos. É normal, é da idade, porque eu já tive 20 anos. Mas eu tiro esses 30 metros no meu limite, sei que para atravessar um caminho, para o que for, esse meu limite vai me ajudar muito. Então não posso dosar nunca. Menos agora. Agora é onde eu tento apertar o máximo que tenho e tomara que isso sirva para ajudar o grupo", continuou ele. "No meu início aqui no Brasil, tinha gente (que dizia que) parecia que eu matava os caras. Com o tempo, eles mesmos começaram a ver. Meu jeito meio agressivo para marcar confundia. Não dou pancada. Às vezes, chego de carrinho, meio de lado. Meus carrinhos são todos de lado, porque se dou carrinho de frente pode machucar. Se vou fazer carrinho é sempre de lado ou sigo em pé, firme. Ser agressivo para marcar não significa dar pancada. É chegar firme, empurrar, pegar, é de jogo, é normal", afirmou o volante. Quando atuou na Europa, Guiñazu correu atrás de Zidane e Ronaldo na Itália quando era garoto, mas o que não esquece é de Neymar. Para ele, o camisa 11 do Barcelona é "demais". "Ele é demais, demais, está nesse nível. Lembro daquele gol [do Santos contra o Inter na Vila Belmiro, que concorreu ao mais bonito do ano pela Fifa] quando o Moledo começa a correr com ele, eu cheguei a gritar "derruba, derruba, derruba", no bom sentindo, né, "puxa, puxa", mas ele é muito inteligente, muito rápido. Se continuar desse jeito, não tenho dúvida, não sei se ano que vem ou outro, ele vai chegar a ser o melhor jogador do mundo", concluiu ele. Leia mais sobre esporte
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