Três anos depois de começar a correr e 22kg mais magra, ela se sente uma nova mulher. E conta que sua paixão pelo esporte ainda serve de inspiração para vários fãs. “Nas redes sociais, as pessoas me dizem: ‘Comecei a correr por causa de você’. Acho o máximo!”, revela. Confira o bate-papo com Patrícia.
Quando você decidiu começar a correr?
Quando estava estourando na balança. Estava com 77kg e minha mãe dizia: ‘Minha filha, você está gorda’. E, como ela mora no interior (em Itabuna), eu dizia que era a televisão que engordava, mas quando eu cheguei para fazer uma visita, ela repetiu que eu estava gorda: ‘Tá feia’. Aí eu decidi que precisava emagrecer. A corrida não foi minha primeira opção. Procurei um personal trainer e ele me disse que se eu começasse a correr logo, ia ficar pelancuda, então, que era pra eu fazer primeiro uma atividade para reforçar a musculatura e depois partir pra uma atividade aeróbica que eu mais curtisse. Eu escolhi a corrida e acabei me apaixonando. Se eu não correr um dia sequer, fico mal-humorada e meu marido já diz: ‘Vai pra rua, vai correr!’ (risos)
Por que acha que se apaixonou pela corrida?
Porque quando eu estou estressada com alguma coisa em casa ou no trabalho, boto um tênis, vou pra rua faça sol ou faça chuva, e volto outra pessoa. Vou pensando nas coisas boas que vejo, olhando o mar, a natureza, um passarinho ali, velhinhos que caminham, crianças... A corrida mudou muito minha cabeça e hoje eu sou uma outra pessoa, com certeza.
Quais são as maiores mudanças que a corrida te trouxe?
O emagrecimento, que foi minha primeira busca. Nesses três anos, eu consegui perder 22 quilos e manter o peso. A alimentação também mudou bastante. Você se torna mais saudável, querendo ou não. Quando você corre, já não olha um acarajé com aquela vontade de comer. Busca coisas mais saudáveis para sua vida. Minha produção no trabalho é outra e em casa também. Sou uma Patrícia mais feliz.
Como é competir em provas como Meia Maratona da Bahia?
Tem três anos que comecei a correr. Logo depois, me indicaram um clube de corrida pra começar a ter um incentivo maior correndo com outras pessoas. E é assim mesmo. De vez em quando a gente faz um ‘longão’ de 15, 16 ou 18 quilômetros, a depender da prova que a gente vai correr. E no final, a gente faz uma feijoada. Então, acaba sendo uma família.
A corrida é um desafio pra você?
Um desafio gostoso. Às vezes, meu treinador diz pra eu fazer 7km e eu digo: ‘7km é pros fracos, eu quero fazer 17km’ (risos). Aí ele me explica, mas acabo fazendo 10km. Não consigo mais fazer 5km. Hoje pra mim é pouco. E eu quero mais. Só não quero fazer uma maratona, 42km, porque é uma coisa sobre-humana, não é pra mim. Acho que 21km é o meu limite, tá bacana. É gosto demais completar a chegada, tranquila. E sempre dedico isso a alguém. A última vez foi pra minha mãe, que se recuperou de um câncer de mama.
Qual a dica que você pode dar pro pessoal que quer começar a correr?
A dica número 1 é não correr sem antes procurar um médico pra saber como está o coração, fazer todos os exames. É bom também ter um treinador, tipo um clube de corrida. Não é tão caro assim como as pessoas pensam. Ou pega umas dicas com um professor de Educação Física. Não pode sair na doida correndo que você pode se lesionar. A dica que dou é pra correr, é bom, vale muito a pena, mas, cuidado, procure um profissional. Com certeza vamos estar correndo e competindo juntos pelas pistas daqui a alguns dias.
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