A nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece entre os dias 24 e 27 de outubro, em Cachoeira, tem curadoria de Kátia Borges, escritora, jornalista e professora baiana. Ela é responsável pela configuração temática das dez mesas literárias e também de seus autores. Em entrevista ao iBahia, Kátia Borges fala sobre o desafio do convite, as novidades da Flica 2019 e o que espera do evento, uma das maiores feiras literárias do Brasil.
VEJA AQUI PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA FLICA 2019
A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) é uma apresentação do Governo do Estado da Bahia, realização da icontent e Cali, patrocínio da Coelba via Fazcultura e Governo do Estado, apoio institucional da Rede Bahia e apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira.
Convite para curadoria da Flica 2019
“Assumir a curadoria da Flica é uma grande honra e um grande prazer, por oferecer a possibilidade única de refletir sobre a produção literária contemporânea e, ao mesmo tempo, propor ao público local uma interação criativa com esta que é uma das maiores festas literárias do país. Experiência maravilhosa, é uma grande alegria".
Novidades e estreias nas mesas literárias
"A Flica vem ao longo dos anos contemplando diversas vertentes de produção literária. Esse ano não é diferente. A gente segue esta linha de estar sempre atento a tudo que está sendo produzido. Este ano temos uma mesa sobre Cordel, que era uma demanda do público. Temos uma mesa de temática LGBTQI+, com uma escritora argentina, a Mariana Komisseroff, e Natália Borges Polesso, que vão falar um pouco sobre isso. É um tema polêmico até pela sua própria origem.
A gente traz também dois dos grandes cartunistas da contemporaneidade, o Hugo Canuto e o Marcelo D´Salete, para falar sobre Quadrinhos, que é um tema também inédito. Temos a batalha de poesia, o Slam de Poesia, com as meninas do Slam das Minas e a Irmandade das Palavras. A produção literária e poética do recôncavo e de Salvador, da Bahia, indo para o mundo. Elas são super representativas no cenário nacional."
Desafios de ser curadora da Flica
"A grande dificuldade é fazer um recorte. A diversidade literária do Brasil é imensa, na Bahia também. Lógico que muita coisa fica de fora, muita coisa boa. A dificuldade é fazer o recorte, uma linha, um nexo curatorial, e envolver as pessoas em diálogos que sejam produtivos. É o grande desafio: fazer uma Flica em que os diálogos sejam produtivos para o próprio campo literário."
O que esperar do evento
"Espero uma festa linda, de alegria, uma comemoração da cultura, da literatura. A força disso tudo, a força da criação, da produção literária. Espero um efeito prático que isso provoca na comunidade, o envolvimento, o encantamento das pessoas.
Tem muita gente escrevendo hoje, mais gente escrevendo do que lendo. Espero que depois da Flica tenha mais gente escrevendo inspirado pelos autores e pelos debates que vão participar. A literatura tem que aproximar as pessoas, não ficar encastelada. Neste sentido, a Flica tem contribuído muito. É gratuito, abre espaço, integra as pessoas, questiona, põe autores de várias vertentes em diálogo, o que de melhor a literatura pode trazer. A poesia continua sendo uma festa. Que a gente continue fazendo essa festa na Flica."
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Redação iBahia
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