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Coluna Especial: Trio Nordestino - a Bahia e a tradição do forró

A trajetória de um dos mais expoentes nomes do gênero, o Trio é inspirado por Gonzagão e inspirador de muitos outros artistas

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18/06/2012 às 16:02 • Atualizada em 27/08/2022 às 20:18 - há XX semanas
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Foi pelas mão do compositor baiano Waldeck de Macedo, o Gordurinha, que Coroné, Lindú e Cobrinha deixaram Salvador para tornar o ritmo um sucesso ainda maior. A crença de Gordurinha no novo trio era tamanha que o compositor cedeu 5 dos 15 minutos de seu tempo para que os três baianos mostrassem seus talentos no programa "O Trabalhador se diverte", da Rádio Mayrink Veiga. E assim começou a longa trajetória de sucesso do Trio Nordestino. Depois de agradar a plateia do programa da rádio carioca e chamar a atenção da cantora Ângela Maria, que se tornou madrinha do trio, o Trio Nordestino gravou seu primeiro disco e lançou o sucesso “Chupando Gelo”. Mas foi na década de 70 que o trio estourou e invadiu o Brasil com a música “Procurando Tu”. A canção em que o autor narra a procura por sua morena fez com que o trio alcançasse o segundo lugar em vendas de discos no país, perdendo apenas para Roberto Carlos. O sucesso do grupo permaneceu por toda a década e fez com que Luiz Gonzaga e o forró voltassem às principais rádios.Responsáveis por clássicos como “Forró Pesado”, “Vamos Xamegar” e “No Meio das Meninas”, Coroné, Lindú e Cobrinha decidiram, embora o forró no escuro fosse bom, ascender o candeeiro e fazer o “Forró No Claro”. Ensinou aos cabras a dançar o “Forró Desarmado” apenas ouvindo o “Chililique” das chinelas pelo salão. Com simplicidade e respeito ao forró de sanfona, zabumba e triângulo, assim como Gonzaga (a quem tinham como mestre), o Trio Nordestino inspirou e foi escola para muitos artistas como Alceu Valença, Lenine, Elba Ramalho, Adelmário Coelho e tantos outros.Com a morte gradual de seus criadores, o trio foi sendo perpetuado por seus herdeiros. Primeiro, o sanfoneiro Lindú – segundo Gonzaga, “a melhor voz do Nordeste” – foi substituído por Beto Souza, seu afilhado. Depois, ainda na década de 80, Cobrinha, teve seu triângulo assumido por Luís Mário, filho do antigo sanfoneiro. E por último, em 2005, Coroné deu adeus ao forró deixando seu posto de zabumbueiro para o neto Carlos Alberto, o Coroneto. A força e a qualidade do trio é tanta que atravessou a barreira do tempo e, 54 anos depois, prossegue difundindo o forró pelo país através da nova geração.Nestas cinco décadas, o Trio Nordestino tem levado o nome da Bahia para o Brasil e para o mundo, comprovando a tradição e a força da música nordestina. E agora, continuando a se guiar pelo legítimo pé de serra, Beto Souza, Luís Mário e Coroneto perpetuam este maravilhoso legado. Legado que, ainda hoje, seduz, encanta e faz dançar.[youtube 3HUuSK4UlLg]Sobre Tiago Cardoso: Apaixonado por música. Publicitário graduado, administrador em formação e produtor por opção, nos últimos anos, reforçou sua paixão pelo forró. Hoje se vê cada vez mais envolvido sendo, atualmente, um entusiasta na divulgação e difusão dessa festa-dança-gênero musical. Leia mais textos da coluna especial de São João: O forró e a mistura musical brasileira Luiz Gonzaga, do pé da serra para a Guanabara “Sou do Nordeste“dá o pontapé no Mapas Juninos

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