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Beber álcool com moderação reduz risco de morte de homens pós-infarto

Probabilidade diminui de 14% a 42% comparada a de homens abstêmios. Moderação significa tomar duas doses de bebida alcoólica por dia

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29/03/2012 às 1:27 • Atualizada em 27/08/2022 às 7:04 - há XX semanas
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Homens que bebem álcool moderadamente e que sobreviveram a um primeiro infarto correm menos risco de morrer do que os que passaram pelo mesmo problema mas são abstêmios. É o que dizem as últimas descobertas de um estudo publicado nesta quarta-feira (28) na versão online do "European Heart Journal" A pesquisa mostra que, depois de ter sobrevivido a um primeiro ataque cardíaco, homens que bebem cerca duas doses de bebidas alcoólicas por dia durante um longo período de tempo têm um risco 14% menor de morte por qualquer causa e um risco 42% menor de morrer por doença cardiovascular do que os que não-bebedores. A coordenadora do estudo, Jennifer Pai, professora assistente do Departamento de Medicina do Hospital Brigham and Women e da Escola de Medicina Harvard afirmou em material de divulgação: "Nossos resultados demonstram claramente que a longo prazo o consumo moderado de álcool entre os homens que sobreviveram a um ataque cardíaco foi associado com um risco reduzido de mortalidade total e cardiovascular". "Descobrimos também que entre os homens que consumiam quantidades moderadas de álcool antes de um ataque cardíaco, aqueles que continuaram a consumir álcool "com moderação" depois também tiveram melhor prognóstico a longo prazo", explicou Pai. Embora já se saiba que o consumo moderado de álcool está associado a um menor risco de doença cardíaca e de morte na população saudável, até agora não estava claro se ele também poderia estar relacionado a menores taxas de morte entre as pessoas que adquiriram uma doença cardíaca. Não havia nenhum estudo prospectivo que tivesse medido o consumo de álcool, tanto antes como após um ataque cardíaco, com longo prazo de seguimento. A pesquisadora e seus colegas analisaram um subconjunto de 1.818 homens que haviam sobrevivido a um primeiro ataque cardíaco entre 1986 e 2006. Durante este período, 468 homens morreram. No período de análise, os pesquisadores os questionaram sobre o seu consumo de álcool e dieta, durante quatro anos, além de avaliarem hábitos de estilo de vida, como o tabagismo e o índice de massa corpórea (IMC) a cada dois anos. Tipo de bebida não altera resultadoOs homens relataram sua ingestão média de cerveja, vinho branco e tinto, e as bebidas destiladas que costumavam consumir. Uma parcela padrão foi especificada como um copo (125 ml) de vinho (que contém 11g de etanol - o álcool na bebida), uma garrafa ou lata de cerveja (12,8 g de etanol) e uma dose de bebida destilada (14g de etanol ). Os homens foram divididos em quatro grupos com base na quantidade que bebiam: 0g, 0,1-9,9g, 10-29,9g, e 30g ou mais por dia. Aqueles que bebiam entre 10 e 29,9g de álcool por dia - o equivalente a cerca de dois drinques - foram classificados como bebedores "moderados". Após o ajuste de diversos fatores que poderiam afetar os resultados, tais como tabagismo, IMC, idade e tratamentos médicos, os pesquisadores descobriram que os homens que consumiram aproximadamente duas bebidas alcoólicas por dia depois de seu primeiro ataque cardíaco tiveram um risco menor de morte por qualquer causa do que os não bebedores. O tipo de bebida não afetou os resultados. Quando observaram os níveis de consumo de álcool antes e depois do ataque cardíaco, eles descobriram que a maioria dos homens não mudou seu hábito de beber, e também que aqueles que bebiam antes e depois tenderam a ter um menor risco de morte do que os não-bebedores. No entanto, devido aos números menores nesta análise, os resultados não foram estatisticamente significativos. "Os efeitos adversos à saúde pelo consumo excessivo são bem conhecidos, e incluem a pressão arterial elevada, a função cardíaca reduzida e a redução da capacidade de dissolver os coágulos sanguíneos. Além disso, outros estudos têm mostrado que os benefícios de beber são totalmente eliminados após episódios de compulsão", disse a pesquisadora.

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