Pesquisadores estão em meio a uma caçada atrás do Zenkerella insignis, um esquilo jamais visto vivo e, por esse motivo, apelidado como o “Pokémon supremo”. Recentemente, biólogos encontraram três espécimes mortos, que trouxeram novas informações sobre o misterioso roedor natural da região central da África. O Zenkerella é um dos mamíferos menos estudados pela ciência. Além dos três novos exemplares, existem apenas outros 11 mantidos em museus espalhados pelo mundo.
— O Zenkerella pode ser visto como o "Pokémon supremo" que os cientistas ainda não puderam capturar ou vê-lo vivo — disse Erik Seiffert, professor de neurobiologia da Escola de Medicina da Universidade do Sul da Califórnia. — Afinal de contas, ele provavelmente aparece apenas no meio da noite, nas profundezas das florestas da África Central, e deve passar a maior parte do tempo no alto das árvores, onde é particularmente difícil de avistá-los. Usando os três novos espécimes, os cientistas conseguiram pela primeira vez extrair amostras de DNA do roedor e descobriram que se trata de um “fóssil vivo”, que pouco evoluiu ao longo dos últimos 49 milhões de anos. Comparando o material genético com o de outros roedores conhecidos, os pesquisadores também descobriram que, diferente do esperado, o animal é um primo muito distante de dois esquilos que possuem membranas entre suas patas que os permite voar entre árvores. Dessa forma, o Zenkerella, que não pode planar, deve ser colocado na família Zenkerellidae, criada especificamente para a espécie. Todos os três “primos” fazem parta da superfamília dos Anomaluroidea, porque todos possuem um conjunto de escamas na parte inferior da cauda que, supostamente, os ajudam a escalar, dando apoio e tração.
Pesquisadores conseguiram extrair DNA de novos espécimes encontrados do Zenkerella insignis - Grainne McCabe |
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Redação iBahia
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