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Manifestantes favoráveis ao ex-presidente deposto do Egito Mohamed Morsi carregam pessoa baleada em confronto durante marcha por ruas do Cairo nesta sexta(16) |
Após tiroteio na mesquita de Al Fateh, na Praça Ramsés, no Cairo, o prédio foi completamente evacuado, de acordo com fontes das Forças Armadas, conforme noticiou a BBC Brasil. Centenas de apoiadores da Irmandade Islâmica, que pede a volta do presidente deposto Mohamed Mursi, estavam na mesquita. Vários manifestantes que permaneciam em frente ao local, formando uma barricada humana, foram presos.
Veja outras notícias de Mundo Imagens da TV egípcia mostraram troca de tiros entre um homem em uma das torres da mesquita e as Forças Armadas, que estavam do lado de fora. Policiais chegaram a entrar na mesquita para tentar convencer os manifestantes a deixarem o local. Porém, os apoiadores de Mursi disseram que não acreditavam na promessa do governo de que poderiam sair de maneira segura, por isso se recusaram a deixar a mesquita. De acordo com a agência Lusa, mais cedo, o porta-voz do Conselho de Ministros, Sherif Shauqi, disse que o governo está avaliando "meios jurídicos" para dissolver a Irmandade Islâmica, que pede a volta de Mursi ao poder, que foi deposto pelo Exército. Um governo interino assumiu o comando do país. Nesta sexta-feira(16), um violento confronto entre a polícia e membros da Irmandade resultou na morte de 173 pessoas (conforme últimos dados das autoridades de saúde do Egito) e a prisão de mil manifestantes. Esse último confronto ocorreu depois que um protesto organizado pela Irmandade Islâmica que tomou novamente as ruas do Cairo em resposta aos atos do governo egípcio, que desocupou os dois acampamentos do grupo na capital - a ação deixou pelo menos 638 mortos e milhares de feridos. A Irmandade Muçulmana do Egito fez uma convocação nacional, para uma "marcha da ira de milhões" depois das orações de sexta-feira para protestar contra a recente repressão violenta das forças de segurança a manifestantes, que deixou centenas de pessoas mortas no país. Engy Imad/AFP