Ex-funcionária processa Twitter por discriminar mulheres

Uma ex-funcionária do Twitter está processando a companhia por discriminação de gênero. Tina Huang, engenheira de softwares, abriu processo porque, segundo ela, o Twitter "favorece injustamente os homens". No processo, a ex-funcionária diz que a empresa não tem procedimentos formais para a concessão de promoções, o que torna os critérios utilizados para conceder aumentos e cargos mais altos um mistério. Tina trabalhou na empresa por quatro anos e foi desligada em junho de 2014. De acorod com Huang, a empresa possui uma política que beneficia os funcionários bem relacionados com seus superiores, que, em geral, são homens."As promoções para altos cargos técnicos do Twitter são baseadas em julgamentos subjetivos, por comissões, que são compostas pela alta gerência no Twitter, formada predominantemente por pessoas do sexo masculino. Estes julgamentos estão contaminados com preconceitos — conscientes ou inconscientes — e estereótipos de gênero, o que explica por que poucas mulheres estão em cargos técnicos de chefia e de liderança no Twitter", diz o processo movido por Tina. Segundo o processo, depois de anos de frustração com a sua falta de promoções, Tina enviou um e-mail, em 3 de março de 2014, para o CEO Dick Costolo, detalhando suas preocupações com o processo de promoção. Depois dessa mensagem, ela diz que foi imediatamente colocada de licença por tempo indeterminado, enquanto a empresa realizava uma investigação. Após três meses afastada, sem uma posição da empresa, ela pediu demissão. O documento registrado pela ex-funcionária ressalta que cerca de 30% dos empregados do Twitter no mundo são mulheres. Em trabalhos técnicos, esse número cai para 10%. Além disso, 79% da equipe de liderança do Twitter é do sexo masculino. Há apenas uma mulher no conselho de administração da empresa. Um porta-voz da firma de tecnologia informou que o "Twitter é profundamente comprometido com um ambiente de trabalho diversificado e encorajador, e acreditamos que os fatos mostrarão que a senhora Huang foi tratada de forma justa". Com informações de O Globo.