Oito foguetes atingiram neste domingo uma base aérea iraquiana que abriga soldados americanos no Norte de Bagdá. Pelo menos quatro soldados iraquianos ficaram feridos, segundo o Exército, mas nenhum soldado dos EUA foi atingido.
Quase todos os militares americanos já deixaram a base em Balad após o aumento das tensões entre os Estados Unidos e o Irã.
— Não há mais de 15 soldados americanos e um avião em Balad — disse uma fonte militar iraquiana.
Desde o final de outubro, dezenas de foguetes foram lançados contra bases iraquianas usadas pelos soldados americanos. Em um desses ataques, um funcionário terceirizado americano morreu em 27 de dezembro, e Washington acusou facções iraquianas xiitas pró-Irã. Em retaliação, em 29 de dezembro, os Estados Unidos bombardearam bases na fronteira com a Síria e mataram 25 combatentes das Forças de Mobililização Popular (FMP) uma coalizão de paramilitares pró-Irã que faz parte do Exército iraquiano.
Após esse movimento, a escalada atingiu um nível sem precedentes, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani num ataque com drone perto do aeroporto de Bagdá em 3 de janeiro. Soleimani era o comandante das Forças Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iranania que coordena ações de milícias pró-Irã em países como Síria e Iraque. Na operação também foi morto o número dois das FMP, Abu Mehdi al Muhandis. O Irã respondeu em 8 de janeiro disparando 22 mísseis contra as bases iraquianas de Ain al Asad e Irbil, que abrigam tropas americanas, sem causar vítimas.
Desde então, os foguetes contra alvos americanos — incluindo a embaixada, localizada na Zona Verde de Bagdá — foram retomados quase diariamente.
No nível político, o Parlamento iraquiano votou a favor da expulsão de tropas estrangeiras do país, mas os Estados Unidos rechaçaram o pedido para que enviassem uma delegação ao Iraque com o objetivo de formular um mecanismo para a saída de cerca de 5.200 soldados americanos.
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Redação iBahia
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