Sid Ouared, de 26 anos, que era funcionário da companhia aérea British Airways, diz que foi demitido duas semanas após começar a trabalhar com atendimento ao cliente no Aeroporto de Heathrow, em Londres, por se recusar a mudar seu penteado. A empresa, segundo ele, teria alegado que seu coque contrariava sua política no que diz respeito ao uniforme e à apresentação dos empregados. As informações foram publicadas pelo tabloide britânico "Metro".
O ex-empregado alega que seu estilo não foi objeto de discussão durante o processo de seleção e argumenta que as funcionárias da companhia podem usar esse tipo de coque. Ainda de acordo com Ouared, o chefe da equipe disse que seu penteado era feminino e pediu que ele cortasse o cabelo, usasse dreadlocks ou colocasse um turbante.
Em entrevista ao ITV News, Ouared declarou: "Eles me demitiram com a alegação de que meu cabelo é como cabelo de menina. Disseram que meu estilo não estaria em conformidade com os padrões da empresa, apesar do fato de que há milhares de funcionárias da British Airways exatamente com o mesmo tipo de cabelo. Eles me deram três opções: cortá-lo, escondê-lo com um turbante ou usar dreadlocks. Mas não sou sikh nem rastafari. Tudo o que me falaram antes (durante a seleção) foi sobre restrições a tatuagens e piercings. E, obviamente, não haveria como meu cabelo ter crescido a este ponto no intervalo de três meses".
Ouared acusou a companhia aérea de se prender ao passado e de ter "uma visão draconiana". E acrescentou: "Em me senti intimidado, como um exilado, e também agredido. Eu só queria desempenhar meu papel. Eu estava gostando muito de trabalhar na British Airways, mas passei a me sentir discriminado somente por conta do 'meu cabelo de menina'. Como homem, eu não poderia ter um penteado como esse".
A política da companhia aérea estabelece que para os homens é permitido apenas usar rabo de cavalo no caso de o cabelo ter dreadlocks. Entretanto, mulheres podem usar diferentes penteados, incluindo coques e rabos de cavalo.
A British Airways não quis se manifestar sobre a situação, declarando apenas que "não comenta casos individuais".
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Redação iBahia
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