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O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, disse nesta quarta-feira (25) que o país não se tornará um estado falido nem será arrastado para dentro de uma guerra civil, apesar dos confrontos acirrados na capital com membros armados de tribos que estão tentando forçá-lo a deixar o poder. Saleh, que governa há quase 33 anos o Iêmen, país da Península Arábica cheio de divisões, disse que continua disposto, em princípio, a assinar o acordo mediado pelo Golfo para encerrar seu governo, acordo do qual recuou na segunda-feira. Mas falou que não fará mais concessões. Forças iemenitas leais a Saleh vêm travando batalhas campais acirradas em Sanaa, desde segunda-feira, contra guardas de uma federação tribal poderosa cujos líderes tomaram o partido dos manifestantes que exigem o fim do governo de Saleh. Pelo menos 39 pessoas morreram nos enfrentamentos. A oposição avisou que os ataques de forças leais ao presidente podem desencadear uma guerra civil, e a violência prejudicou fortemente as perspectivas de uma solução política para a revolta que começou há quase quatro meses, inspirada nos protestos que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia. Saleh disse que não tem planos de sair do Iêmen quando deixar o poder e que não tem medo de represálias legais. O acordo mediado pelo Golfo que ele vem resistindo em assinar lhe garantiria imunidade judicial, assegurando uma transição com dignidade.
Com informações do G1