O incêndio florestal que atinge o Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia, Sul do Chile, já se alastra por toda a região. Até o final da manhã de hoje (3) o fogo destruiu 37,4 mil hectares. Uma pessoa morreu. Há uma semana o incêndio toma conta de um dos principais cartões postais do Chile. O foco do incêndio está na chamada zona de Quillón, em Bío-Bío, onde o fogo destruiu mais de cem casas e provocou a retirada de 500 pessoas do local. Uma fábrica da empresa de celulose Arauco também foi atingida. Em decorrência dos danos, as autoridades locais declararam a região como zona de catástrofe, o que vai permitir a destinação de recursos para ajudar os afetados. De acordo com especialistas, o incêndio se alastrou devido ao vento forte e às temperaturas elevadas na região. Em Maule, a 400 quilômetros de Santiago, a capital chilena, 820 hectares foram destruídos por cinco focos de incêndio. Pelos dados oficiais, cerca de 700 brigadistas, incluindo soldados do Exército chileno e voluntários da Argentina e do Uruguai, trabalham para combater o incêndio. O gerente de Áreas Silvestres Protegidas da Corporação Nacional Florestal do Chile, Eduardo Katz, informou que o incêndio prejudica a flora e a fauna locais. De acordo com ele, entre as espécies ameaçadas está o cervo andino. Segundo Katz, o parque é formado por diversos rios que fazem uma barreira natural para os cervos. Entretanto, os ventos fizeram com que as chamas ultrapassassem o rio, o que pode colocar os animais em risco.
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