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Itália vai pedir extradição de Battisti após visto de permanência no Brasil

O advogado do governo italiano diz que poderá até recorrer até ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, para conseguir a extradição do ex-ativista

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23/06/2011 às 10:35 • Atualizada em 29/08/2022 às 12:48 - há XX semanas
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A decisão do governo de autorizar o italiano Cesare Battisti a morar e trabalhar no Brasil já provocou reações. A Itália vai recorrer à Justiça Internacional. O advogado do governo italiano diz que, se necessário, poderá recorrer até ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia, na Holanda, para conseguir a extradição do ex-ativista. Cesare Battisti conseguiu autorização do Conselho Nacional de Imigração para permanecer e trabalhar no Brasil. Battisti foi condenado pela Justiça da Itália à prisão perpétua por participação em quatro assassinatos. Depois de ficar preso no Brasil, ele foi libertado no início do mês. Quatorze dos 16 integrantes do Conselho Nacional de Imigração votaram pela permanência de Cesare Battisti no Brasil. Ele poderá viver e trabalhar em qualquer área, mas está proibido de se envolver em assuntos políticos. Battisti está em São Paulo, mas, por orientação do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, não gravou entrevista. “Ele tem que evitar, sob meu conselho e dos advogados que atuam na sua defesa, algum tipo de pronunciamento que possa ser julgado controvertido ou polêmico. Tem que ter perfil baixo, humilde, tranquilo para começar a sua vida”, explica Greenhalgh. Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália à revelia, acusado de quatro assassinatos na década de 1970. Ex- militante de um grupo de esquerda, ele sempre negou os crimes. Chegou ao Brasil em 2004 com passaporte falso e três anos depois foi preso. O governo italiano pediu a extradição dele, mas o ex-presidente Lula negou e o Supremo Tribunal Federal manteve a decisão. O governo da Itália não desistiu de tentar a extradição de Battisti e mantém a decisão de recorrer à Justiça Internacional. O advogado do governo italiano Nabor Bulhões justifica: “Se a solução por via de conciliação não puder ser estabelecida, surge a possibilidade de intervenção da Corte Internacional de Justiça, em Haia”. Cesare Battisti vai trabalhar como tradutor em uma editora de São Paulo. As informações são do G1.

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