O pai do menino de 4 anos, que foi salvo por um imigrante ao ficar pendurado na fachada de um prédio em Paris, deixou o filho em casa sozinho para fazer compras. Preso provisoriamente, o homem agora enfrenta a acusação de não cumprir suas obrigações parentais. O malês Mamudu Gassama escalou os andares do edifício para resgatar o pequeno. O presidente Emmanuel Macron anunciou que o estrangeiro, até então irregular no país, ganhará a cidadania francesa. Nesta terça-feira, o herói recebeu a permissão de residência na França — o primeiro passo para se tornar cidadão francês — e assinou contrato de emprego de dez meses com os serviços de emergência da capital.
O porteiro do prédio contou à rede francesa "BFMTV" que o pai vivia no sexto andar do prédio ao norte de Paris. Seu filho deixou a ilha de Réunion, território ultramarino francês, e veio morar com ele há três semanas. A mãe e um irmão da criança se juntariam à família em junho.
A rede francesa afirma que, segundo relatos no local, o menino já tinha descido dois andares até se segurar na varanda do quarto andar. Em entrevista à TV "Antenne Réunion", a mãe do menino destacou que o pai não estava acostumado a cuidar do filho e já o havia deixado sozinho em outras ocasiões. Não há informações sobre o que levou o pequeno a cair da varanda.
"Não posso justificar o que o meu marido fez. As pessoas vão dizer que isso poderia ocorrer com qualquer pessoa e isso aconteceu com outras pessoas. Meu filho apenas teve sorte", frisou a mãe. Investigadores apontaram ainda que o pai, depois de fazer compras, demorou a voltar para jogar Pokemon Go, diz a mídia francesa. A rede "BFMTV" ressalta que o homem ficou abalado com o episódio. O menino foi levado para um centro social, já que a mãe não está em Paris.
A alienação das obrigações parentais pode ser punida na França com dois anos de prisão e multa de 30 mil euros (quase R$ 130 mil). A avó do menino, que vive na ilha de Réunion, disse à TV "RMC" que ficou chocada ao ver o neto pendurado no prédio e agradeceu o ato de heroísmo do malês Gassama. "Por sorte, ele sabia escalar, porque havia muitas pessoas lá embaixo, e ele não apenas cruzou seus braços. Ele foi até o quarto andar. Foi realmente incrível. Ele foi muito valente", destacou a avó.
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Redação iBahia
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