Uma inglesa de 45 anos que nunca mais terá um orgasmo por causa de um erro médico vai receber uma indenização de 1,5 milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 7,5 milhões).
Ginny Atchinson foi submetida, em 2011, a uma cirurgia de emergência pelo Sistema de Saúde Pública do Reino Unido (NHS), por causa de uma grave dificuldade para urinar em decorrência da síndrome da cauda equina (séria condição neurológica na qual há perda aguda da função das raízes nervosas do canal espinhal abaixo do cone medular, a terminação da medula espinhal). Durante o procedimento, ela teve um nervo danificado. Além de interferir nas sensações provocadas pelo orgasmo, o erro médico também deixou a paciente com muita dificuldade para controlar a bexiga e os intestinos e para andar longas distâncias. Naquele mesmo ano, ela teve que abandonar o trabalho.
A moradora de Norwich (Inglaterra) contou, em reportagem publicada no "Sun", tem comprado vibradores na esperança de reverter o quadro, mas não foi bem-sucedida.
"Infelizmente, independentemente do que eu tente, não consigo sentir nada", declarou. "Fazia sexo regularmente desde os 16 anos. Não tinha ideia do quão importante era até que perdi (o prazer)", acrescentou ela.
Em 2013, Ginny começou uma batalha legal contra o NHS e a Norfolk and Norwich University Hospital, onde se deu o erro médico. No mês passado, finalmente, as partes chegaram a um acordo para a indenização.
"É uma soma capaz de mudar uma vida. Mas não trarei de volta a vida que eu tinha, mas poderei torná-la mais fácil. Vou construir uma casa com mais acessibilidade. Não poderei voltar a trabalhar", afirmou a inglesa, que usa uma catéter urinário de forma permanente.
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Redação iBahia
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