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Parlamento diz que mulheres são obrigadas a usar salto alto

O trabalho é publicado menos de um ano após a polêmica envolvendo a britânica Nicola Thorp, que abriu uma petição

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Redação iBahia

29/01/2017 às 23:30 • Atualizada em 29/08/2022 às 6:40 - há XX semanas
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Mulheres ainda são obrigadas a usar sapato alto, pintar o cabelo, vestir roupas reveladoras e aplicar maquiagem no ambiente de trabalho, revela um relatório do Parlamento britânico publicado nesta semana e relatado em reportagem do jornal “The Independent”.

O trabalho é publicado menos de um ano após a polêmica envolvendo a britânica Nicola Thorp, que abriu uma petição no Parlamento para impedir empresas de exigir que mulheres usem esse sapato alto no escritório. A petição recebeu mais de 150 mil assinaturas.

O documento do Parlamento aponta que, apesar de as investigações terem começado a partir de uma experiência particular, as investigações mostraram que “este não é um incidente isolado nem o problema é restrito ao salto alto”:

“Ouvimos centenas de mulheres que nos contaram da dor e do dano de longo prazo provocado pelo uso de salto alto por longos períodos no ambiente de trabalho, assim como de mulheres que tiveram que pintar o cabelo de loiro, vestir roupas reveladoras e constantemente reaplicar maquiagem”, aponta o texto.

Segundo o texto, apesar de o governo afirmar que a legislação é clara ao proibir a discriminação, políticas discriminatórias para vestimentas no ambiente de trabalho estão espalhadas. Isso significa que a legislação existente “não é totalmente efetiva para defender os trabalhadores de discriminação no ambiente de trabalho”, diz o relatório.

MANDADA PARA CASA

No ano passado, a história da britânica Nicola Thorp ficou famosa após o lançamento de uma campanha para proibir que as empresas obrigassem funcionárias a usar sapato alto. Ela foi mandada de volta para casa pela empresa PriceWaterhouseCoopers (PWC) por se recusar a usar os sapatos.

O abaixo-assinado recebeu mais de 150 mil assinaturas e por isso foi discutida no Parlamento. De acordo com as regras britânicas, todo abaixo-assinado registrado no site da Casa que alcançar 100 mil assinaturas deve ser discutido entre parlamentares.

PEDIDO DE ALISAMENTO DE CABELO

O relatório também relatou o caso de uma mulher negra que se candidatou a uma vaga na loja de departamentos Harrods no ano passado e ouviu que deveria fazer um alisamento químico no cabelo se quisesse o trabalho. Mulheres negras têm sido pressionadas a tirar tranças ou usar relaxantes no cabelo para conseguirem uma aparência dita "profissional", segundo o documento.

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