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Presidente do Sudão do Sul promete anistiar rebeldes

O maior desafio do novo Estado será a corrupção política, reconheceu o presidente

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09/07/2011 às 4:55 • Atualizada em 27/08/2022 às 23:02 - há XX semanas
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O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, anunciou hoje (9) uma anistia geral para todos os que combateram as autoridades de Juba (capital do novo Estado) e pediu para que os rebeldes deponham as armas. "Aproveito a oportunidade para anunciar uma amistia geral para todos os que usaram as armas por uma causa ou outra contra o governo do Sul. Peço-lhes que abandonem as armas e se juntem a nós para construir este nosso novo país", apelou Salva Kiir, usando, segundo descreveu a agência noticiosa espanhola Efe, o seu inseparável chapéu preto no estilo cowboy, um presente do ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush. No primeiro discurso como presidente, o líder do Movimento Popular de Libertação do Sudão referiu-se aos conflitos ainda sem solução definitiva entre os dois países que, agora, usam o nome Sudão, principalmente a questão da partilha dos recursos petrolíferos da rica região de Abyei. "Quando vocês [sudaneses do Norte] choram, nós choramos; quando vocês sangram, nós sangramos. Prometo trabalhar com o meu irmão Omar Al Bashir [presidente do Sudão] e a comunidade internacional para restaurar a paz", disse Salva Kiir. Presente na cerimônia de nascimento do 193º país reconhecido pelas Nações Unidas, Omar Al Bashir, sobre o qual pende um mandado de captura internacional por genocídio e crimes, assegurou que ajudará o novo país "nos seus primeiros passos”, prometendo manter "excelentes relações" e "preservar os interesses comuns" de ambas as nações. "O vosso sucesso será o nosso sucesso", disse o presidente do Sudão, que reconheceu a independência do novo vizinho do Sul, embora insistindo que "manter a união do Sudão era melhor". Salva Kiir Mayardit adiantou também algumas das linhas da sua presidência, que passam por potenciar a economia, como "chave da prosperidade", e redobrar os esforços do país para construir instituições, fortalecer o setor privado e captar investimento estrangeiro. O maior desafio do novo Estado será a corrupção política, reconheceu o presidente, comprometendo-se a "fazer tudo para erradicar esse cancro". A República do Sul do Sudão, o mais novo país do mundo, já foi reconhecida pelas principais potências mundiais, entre as quais os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a União Europeia. O Sul do Sudão içou hoje a sua bandeira pela primeira vez, acontecimento presenciado por milhares de sudaneses do Sul e dezenas de personalidades mundiais, entre os quais o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. *As informações são da Agência Brasil

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